Jonathan Franzen é um dos escritores
Seios, masturbação e sexo anal são preocupações recorrentes
americanos mais bem-sucedidos deste século. A polémica com Oprah deu uma ajuda e as obsessões sexuais presentes nos seus livros também. Já veio a Portugal e é contra o aeroporto no Montijo
Jonathan Earl Franzen (n. 1959) é um caso de sucesso na nova geração de escritores
norte-americanos. Uma bem doseada combinação de sátira social, autoironia e referências culturais fazem parte da ‘fórmula’. Além do erotismo, claro. Em ‘Purity’ (ed. D. Quixote) marcam presença as recorrentes obsessões americanas com seios (contam-se pelos dedos das mãos as praias onde o ‘topless’ é legal), sexo anal (ainda proibido em alguns estados apesar de decisão contrária do Supremo Tribunal em 2003) e masturbação, o prémio de consolação global.
O seu primeiro livro, ‘A Vigésima Sétima Cidade’, publicado em 1988, foi bem recebido pela crítica, valendo-lhe um prémio revelação. A consagração não tardou: o terceiro romance, ‘Correcções’ (D. Quixote), foi um ‘bestseller’ internacional e ganhou o ‘National Book Award’ em 2001. A polémica com Oprah ajudou à promoção e o momento de fazerem as pazes também foi bem escolhido: o lançamento, em 2010, de ‘Liberdade’ (D. Quixote), que o levou à capa da ‘Time’. Os óculos de Franzen foram roubados numa sessão de autógrafos em Londres e o ladrão pediu resgate por eles antes de ser apanhado pela polícia inglesa. Outra mãozinha veio de Obama, que recebeu o escritor na Casa Branca. Franzen é fã de ‘birdwatching’, tendo publicado o artigo ‘Porque importam as aves e não podemos viver sem elas?’ na revista ‘National Geographic’. Escreveu também um ensaio ambientalista, ‘O Fim do Fim da Terra’ (D. Quixote’).
“Sátira social, autoironia e referências culturais, além de erotismo q.b.