Cavalos para o futuro
Diana tem neste momento a seu cargo três montadas: Lascadello-f, Action Boy Z e a égua Salitaire .
“São muito diferentes, mas todos me ajudam sempre que é preciso. O Lascadello é um cavalo muito ativo, mas também querido, está sempre lá para mim. A Salitaire é mais velha, faz 16 anos, portanto precisa de um bocadinho mais de perna do que os restantes, mas é bastante competitiva. O Action Boy Z é muito experiente, já fez provas de GP com o meu pai. Estão juntos desde os três anos, foi ele quem o formou e isso tem um gosto especial. O meu pai já o conhece como a palma da mão, portanto também é um cavalo com o qual fico muito confortável.”
Vera conta com Cortino 46 e Cali, a fazerem 1.20 m/1.30 m. “O Cortino é um cavalo com imensa experiência o que me dá confiança. Já saltou 1.60 m e sinto que temos uma conexão especial. Percebo-o muito bem e ele a mim. Na pista é super competitivo, não é dos mais fáceis que montei, mas já me habituei e adoro-o. A Cali é uma égua com a qual estou há menos tempo. Por ser mais nova tem menos experiência em pista, mas acho que tem imenso potencial. Tem força, mas ainda temos algumas coisas a melhorar juntas.”
O facto de Sebastião Ferreira Pinto ter experiência na formação de cavalos novos - veja-se o caso de Action Boy Z - e para conseguirem ter montadas em condições para as filhas, a família iniciou-se recentemente na criação, em parceria com a Casa Agrícola Víctor Frias, em Albergaria-a-Velha, Aveiro.
“Já lá temos várias éguas. Temos comprado umas éguas e cavalos novos em conjunto, temos investido para aumentar o nível da criação, que já é muito alto. Somos amigos de longa data e o nosso objetivo é estarmos associados a uma criação que já é bem feita há 10/15 anos e com provas dadas. Queremos criar sinergias e acho que, se a Vera e Diana montarem bem, vão poder dar mais qualidade a cavalos que já por si são bons. Portanto, se conseguirmos fazer as duas coisas ensiná-las a montar bem, criarmos cavalos bons - e juntá-las para que elas possam usufruir, ganhar com eles e, numa fase posterior, vendê-los, criaremos sustentabilidade. Não temos medo de investir na criação em Portugal e acho que toda a gente o devia fazer”, assegura o patriarca da família.