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O novo Ferrari Roma é o símbolo mais recente daquela que foi de novo considerad­a a marca mais poderosa do mundo

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Ferrari. O nome mais poderoso do mundo. Pelo segundo ano consecutiv­o, o construtor italiano foi considerad­o a marca mais forte do planeta. Não é de estranhar; o Cavallino Rampante sobre fundo amarelo é um sonho para milhões de pessoas nos quatro cantos do globo.

No Fórum Económico de Davos, David Haig, CEO da consultora Brand Finance, anunciou os resultados do estudo anual que identifica as marcas mais relevantes a nível mundial. Tal como em 2019, a Ferrari voltou a ocupar o primeiro lugar da tabela. Segundo lugar? Disney.

O valor da marca Ferrari está calculado em 9.1 mil milhões de dólares, com uma taxa de cresciment­o anual de 9%, devido ao aumento das vendas e fortalecim­ento do nome. O Index de Força de Marca reconhece uma avaliação de 94.1 em 100 pontos possíveis, a mais alta de qualquer marca que opera em qualquer mercado no planeta e ainda uma de apenas 12 com um rating de AAA+.

A Ferrari está num processo de expansão da gama e a descobrir novos nichos com modelos cada vez mais especializ­ados. O mais recente é o fabuloso Roma, um super GT que presta homenagem à romântica capital italiana.

O Roma é o sucessor natural dos GTs dos anos 70, onde a elegância desportiva conheceu porventura o seu auge. Sendo o primeiro Ferrari de motor V8 dianteiro, o Roma é desde logo um automóvel histórico por direito próprio. Mas mesmo que não fosse essa a razão, a estética criada pelo génio de Flavio Manzoni seria mais que suficiente para que este novo modelo deixasse bem marcada a sua identidade desde o início.

O Roma é o resultado perfeito entre o design automóvel e aquele toque artístico que só os italianos sabem dar aos seus automóveis. Manzoni é tanto um designer como um artesão dos tempos modernos e, desde que chegou a Maranello, a Ferrari abandonou uma parceria de seis décadas com a Pininfarin­a para começar a criar a sua própria linguagem estilístic­a.

A visão de Manzoni para a marca é cada vez mais clara e o Roma é mais uma prova disso mesmo. De proporções perfeitas, com uma beleza que evoca as linhas clássicas da marca e que será certamente intemporal, o Roma é um

daqueles automóveis que basta um olhar para se perceber que nenhuma outra marca tem o poder que a Ferrari tem para criar um objeto de desejo desta dimensão.

No interior, o Roma introduz um novo layout que materializ­a uma visão mais moderna e mais tecnológic­a daquilo que é um habitáculo Ferrari. A ideia é criar duas células separadas, uma para o condutor, uma para o passageiro, desenvolve­ndo ainda mais o conceito do Dual Cockpit introduzid­o já noutros modelos. A estrutura simétrica é naturalmen­te orgânica e cria um ambiente refinado e confortáve­l, que condiz com a vertente GT do Roma.

A isso, a Ferrari junta o bom gosto italiano e a combinação dos melhores materiais, como a pele Frau, alcantara, alumínio e fibra de carbono. O conjunto interior/exterior denota um equilíbrio próprio a que a Ferrari chama de "La Nuova Dolce Vita", em que um automóvel é uma ferramenta de paixão, destinada ao prazer e não um veículo para ir de A a B.

O V8 de 3900cc é uma evolução de um bloco que venceu o prémio de Motor Internacio­nal do Ano quatro vezes consecutiv­as desde 2016. Com 620 cavalos, o Roma faz 3.4 segundos dos 0-100km/h e supera os 320km/h, números que validam o emblema que existe no capot.

A nova caixa de velocidade­s de oito relações é 6kg mais leve que a que equipa, por exemplo, o modelo Portofino, conseguind­o passagens ainda mais rápidas enquanto poupa gasolina e melhora as emissões de CO2. A própria embraiagem é 20kg mais ligeira e consegue gerir 35% mais binário, cujo valor máximo é de 760 Nm.

A Ferrari redesenhou o sistema de escape para oferecer uma acústica ainda mais apurada, mais rica, mas que fosse instantane­amente identificá­vel como um som típico dos Cavallino Rampante. Podemos estar no advento do carro elétrico, mas um motor de combustão interna Ferrari é um dos grandes feitos de engenharia do Homem e deverá sobreviver por mais algumas décadas.

O Roma é mais um capítulo entusiasma­nte na história do mais famoso construtor de automóveis do mundo. O facto de a Ferrari ser também a marca mais forte do planeta significa que, mais do que automóveis, a herança automobilí­stica de Enzo Ferrari continua a ser uma fábrica de sonhos como nenhuma outra e uma presença constante no imaginário coletivo da cultura ocidental do século XXI.

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