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PLANTS FROM AROUND THE WORLD AT PALHEIRO GARDENS

Flowers and plants from the four corners of the world can be admired at the centuries-old gardens of Quinta do Palheiro Nos jardins centenário­s da Quinta do Palheiro é possível admirar flores e plantas dos quatro cantos do mundo

- TEXT RÚBEN CASTRO

The gardens surroundin­g Quinta do Palheiro are imbued with colour between November and May. And a lot of it comes from the 1,500 or so varieties of camellias that punctuate the shades of green that cover the gardens.

The history of some of these is almost as old as that of the estate. The first specimens found their way there, from 1804 onward by the hand of João José Sá Machado, who would be the first earl of Carvalhal, the richest man in Portugal at the time, and one of the most influentia­l people in 19th century Madeira.

Carvalhal had chosen the mountains of Palheiro Ferreiro to build what would become his first holiday estate due to it being 'a relatively flat parcel of land' which could house 'recreation­al parks of an ambitious scale', explains Manuel Teixeira, manager of the gardens at Quinta do Palheiro.

Two hundred years gone by, the majestic camellia corner also features the Japanese camellia, brought to the archipelag­o by the earl. Nowadays, these live in harmony amongst king proteas, bunya pines, common limes, and California­n sequoias, but also with species indigenous to Madeira, like the tilde and the Canary laurel.

This small haven is located in the mountains of Funchal, some 500 metres above the level of the sea, and is divided into six areas.

In the area between the Main Garden and the Lady's Garden, there is a baroque chapel dedicated to St. John the Baptist. Here, one can also breathe camellias, while simultaneo­usly enjoying the contrast

Entre novembro e maio, os jardins à volta da Quinta do Palheiro ganham outra cor. E muito fica a dever-se às cerca de 1.500 variedades de camélias que quebram os vários tons de verde que cobrem os jardins.

A história de algumas delas é quase tão antiga como a da quinta. Os primeiros exemplares encontrara­m ali o seu lugar, a partir de 1804, pela mão de João José Sá Machado, que viria a ser o primeiro conde de Carvalhal, o homem mais rico de Portugal à época e uma das personalid­ades mais influentes da Madeira do século XIX.

O conde de Carvalhal tinha escolhido as montanhas do Palheiro Ferreiro para construir aquela que viria a ser a sua casa de férias, por se tratar de uma “extensão de terreno relativame­nte plana” que poderia albergar “parques de recreio em escala ambiciosa”,

between the birght colours of the flowers and the walls of the small temple. It is normal for weddings to be celebrated there throughout the year.

Quinta do Palheiro has belonged to the Blandy family since the late 19th century. Throughout the generation­s, this family who came originally from England have dedicated themselves not only to keeping the gardens to the highest standards but also to adding new value.

The welcoming rose garden, created recently by Christina Blandy is a prime example of the family's constant attention to the space. Beyond the beauty of the flowers, visitors can also look at some stones from the famous Banger Pillar, a monument built in 1789 in the area of the pier of Funchal, in the memory of explica Manuel Teixeira, diretor dos jardins da Quinta do Palheiro.

Passados mais de duzentos anos, na majestosa alameda das camélias, ainda podemos observar a camélia japónica, que foi introduzid­a no arquipélag­o pelo conde. Hoje, vivem em harmonia entre próteas africanas, araucárias australian­as, tílias da europa e sequoias california­nas, mas também entre espécies indígenas da Madeira, como o til e o barbusano.

Este pequeno paraíso, situado nas montanhas do Funchal, 500 metros acima do nível do mar, encontra-se dividido em seis áreas.

Na zona entre o Jardim Principal e o Jardim da Senhora fica localizada a capela barroca dedicada a São João Baptista. Aqui também se respiram camélias, ao mesmo tempo que as cores vivas das flores contrastam com as paredes do pequeno templo. Ao longo do ano, é normal verem-se casamentos naquele espaço.

Desde o final do século XIX, a Quinta do Palheiro pertence à família Blandy. De geração em geração, esta família de origem inglesa tem-se dedicado não apenas em manter o jardim nas melhores condições, mas também em acrescenta­r-lhe valor.

O acolhedor jardim das rosas, criado recentemen­te por Christina Blandy, é um dos melhores exemplos da atenção constante da família pelo espaço. Para além da beleza das flores, ali, é possível observar algumas das pedras do famoso Pilar de Banger, monumento erguido na zona do cais do Funchal em 1789, em memória do comerciant­e John Light Banger, e demolido em 1939.

Outro dos pontos de paragem obrigatóri­a durante a visita aos jardins da Quinta do Palheiro é a zona do Barranco do Bravio, também vulgarment­e conhecida por Ribeira do Inferno. Possui uma vista privilegia­da sobre as montanhas, a baía do Funchal e o oceano Atlântico. Não é de estranhar que antigament­e aquele local fosse utilizado para acompanhar a chegada e a partida das embarcaçõe­s que passavam pela ilha.

Na Ribeira do Inferno, as camélias também são rainhas e destacam-se entre a vegetação autóctone, como o loureiro e o vinhático, e outras espécies mais exóticas, oriundas do

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