Essential Madeira Islands

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In red wines, the predominan­t grape variety is the Tinta Negra, 'much to the detriment of the rose wines', which represent a larger volume. The Iberian Tinta Roriz is also widely used, as well as the Touriga Nacional, and the Cabernet Sauvignon, the Merlot, the Syrah and, in smaller amounts, the Touriga Franca and the Tinta Barroca.

Evolution in the Tinta Negra wines has been a standout factor in recent years. This grape variety used to be classified as 'less adequate for the production of quality still wines'. But João Pedro Machado explains that the secret lies in the care given to the vineyard and a greater control over production. 'This being a very productive grape variety, it is necessary to ensure better ageing conditions be it in the production of sugar, but also in the phenolic maturation in terms of the level of colour and tannins'.

Given care, the winemaker guarantees that the Tinta Negra allows for the production of 'delicate wines with a pleasant acidity and structured and with a good potential for evolution'. But he points out that these are 'wines oustide the box', because they are 'far from the concentrat­ion of colour and aroma of some red wines from other winemaking regions'. But the oenologist assures that it is a very 'versatile grape variety because it allows for the production of red wines and rose wines, as well as white wines made from red grapes'.

Price is another factor that does not bode well for Madeiran table wines. On average, they are more expensive than their counterpar­ts from other Portuguese regions'. This is a reflection of the circumstan­ces, given the heavier cost of importing products, bottles, corks and casks to the island.

The small dimension of production also limits scale economy. João Pedro Machado recommends 'better cooperatio­n between distributi­on channels', so that the wines can be priced more interestin­gly.

Small uneven terrains also make mechanizat­ion all but impossible. The traditiona­l system 'carries more costs' because it necessitat­es more labour than espalier vineyards.

But these circumstan­ces can also be an advantage, since they allow for the harvest to be more selective. Furthermor­e, the traditiona­l vineyards 'allow for the preservati­on of a unique winemaking landscape'.

The Adega de São Vicente oenologist, who has a hand in most of the Madeiran table wines, has no doubt that the future does not involve quantity or price reduction. The future involves an ever-growing commitment to quality. trabalho junto dos produtores é mais intensivo, para que optem por uma vindima com “lotes mais pequenos e homogéneos”, que permita a produção de vinhos diferentes: “Um dos grandes pilares da qualidade dos vinhos é o respeito pelas caracterís­ticas da uva, produzindo vinhos que demonstrem que são vinhos da Madeira.” João Pedro Machado reconhece que há espaço para evoluir, quer na enologia, quer na viticultur­a.

O clima da Madeira, com diferenças assinaláve­is entre as vertentes norte e sul, ajuda à diversidad­e dos vinhos. O clima é subtropica­l na costa sul e temperado na costa norte. Este facto leva a “um comportame­nto distinto entre as uvas”, explica o enólogo. “Se tivermos por base uma mesma casta, em que o sistema de condução e práticas culturais sejam semelhante­s, a maturação na costa sul permitirá obter vinhos mais aromáticos, tendencial­mente com maior álcool provável, com menos acidez e maturação fenólica mais bem conseguida. No norte, é expectável termos vinhos mais frescos, acídulos, com aromas mais delicados e um pouco menos expressivo­s.”

A juntar às diferenças existe também na Madeira “uma riqueza enorme em microclima­s, responsáve­is por uma ainda maior variabilid­ade da qualidade e caracterís­ticas das uvas produzidas nesses locais”.

Entre os brancos a casta Verdelho é a que se destaca, muitas vezes em lotes com outras castas, como a Arnsburgue­r, ou a Malvasia Fina. “Existem igualmente alguns lotes que integram a casta Sercial”, adianta João Pedro Machado.

Nos tintos predomina a casta Tinta Negra, “muito à custa da produção de vinhos rosados”, que representa­m o maior volume. A ibérica Tinta Roriz também é bastante utilizada, assim como a Touriga Nacional, ainda Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah e menor quantidade Touriga Franca e a Tinta Barroca.

A evolução nos vinhos Tinta Negra tem sido um dos fatores de destaque nos últimos anos. A casta era classifica­da como“menos adequada para a produção de vinhos tranquilos de qualidade”. Mas João Pedro Machado explica que o segredo está nos cuidados na vinha e num maior controlo sobre a produção. “Tratando-se de uma casta

bastante produtiva, é necessário garantir melhores condições de maturação quer na produção de açúcares, mas também na maturação fenólica ao nível da cor e dos taninos”.

Havendo cuidados o enólogo assegura que a Tinta Negra permite fazer “vinhos delicados, com uma agradável acidez e estruturad­os e com bom potencial de evolução”. Mas alerta que são “vinhos fora da caixa”, pois estão “longe da concentraç­ão de cor e de aromas que alguns tintos de outras regiões vitícolas”. Mas o enólogo garante que se trata de uma casta “versátil pois permite produzir não só vinhos tintos e rosés, mas bem como vinhos brancos de uvas tintas”.

O preço é outro fator que não joga a favor dos vinhos de mesa madeirense­s. São em média mais caros do que os equivalent­es de outras regiões portuguesa­s. É o reflexo das circunstân­cias, com o maior custo na importação para a ilha dos produtos, garrafas, e rolhas, ou barris.

A pequena dimensão das produções também limita a economia de escala. João Pedro Machado aconselha“mais uma maior cooperação dos canais de distribuiç­ão”, para que os vinhos possam ter preços mais interessan­tes.

Os terrenos pequenos e acidentado­s tornam a mecanizaçã­o quase impossível. O sistema de vinhas em latada “acarreta mais custos” porque implica maios mão-de-obra do que as vinhas em espaldeira.

Mas estas circunstân­cias podem também ser uma vantagem, já que permitem que a vindima seja mais criteriosa. Além disso as latadas “permitem manter uma paisagem vitícola única”.

O enólogo da Adega de São Vicente, por cujas mãos passa a maior parte dos vinhos de mesa madeirense­s não duvida que o futuro não passa pela quantidade nem pela redução do preço. O futuro passa por uma aposta cada vez maior na qualidade. ivbam.madeira.gov.pt

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