Essential Madeira Islands

Desde 2022 que a Madeira é uma das regiões de Portugal onde elegível para a obtenção de Vistos Gold

- TEXT CLÁUDIA CAIRES SOUSA

No início deste ano foram implementa­das alterações no regime de Autorizaçã­o de Residência para Investimen­to (os Vistos Gold). No âmbito destas mudanças introduzid­as, a aquisição de imóveis residencia­is para efeitos de obtenção dos Vistos Gold apenas é elegível para os território­s do interior de Portugal Continenta­l ou nas Regiões Autónomas, Madeira e Açores.

Entre 2017 e 2021 a Madeira já tinha conseguido captar um total de 60 milhões de euros em investimen­tos com a concessão de Vistos Gold. Com as recentes alterações ao programa de Autorizaçã­o de Residência para Investimen­to, que excluem Lisboa, Porto e a maior parte do Algarve, há um potencial sem precedente­s para a Madeira, que se tem tornado um ponto de referência em Portugal no interesse por parte destes investidor­es.

O investimen­to imobiliári­o é uma das principais formas de obtenção dos vistos. Ricardo Miranda, responsáve­l pela Remax, realça que esta medida vem abrir grandes oportunida­des de negócio, no sector imobiliári­o, havendo "muita procura pelos Vistos Gold, pois são uma excelente oportunida­de de venda para o mercado médio/alto".

Nesse sentido, adianta que a Madeira tem sido, de facto, alvo de muita demanda sobretudo pela “restrição de obtenção destes vistos em Lisboa, no Porto e no Algarve” e ainda devido às particular­idades únicas que a ilha oferece como “o clima, a segurança, a beleza natural e a gastronomi­a”.

As propriedad­es mais procuradas são aquelas normalment­e “acima dos € 500.000,00 embora exista a hipótese de obter o Visto Gold com um valor inferior”, afirma Ricardo Miranda. De facto o investimen­to mínimo no setor imobiliári­o é de € 350.000,00.

O agente imobiliári­o sublinha que os clientes normalment­e procuram imóveis que reúnam um conjunto de caracterís­ticas como “uma boa localizaçã­o, vista aprazível e também possibilid­ade de rentabilid­ade, para que seja possível obter uma boa fonte de rendimento”.

A maior parte dos investidor­es são russos, norte-americanos, brasileiro­s, chineses e sul-africanos.

Este é, sem sombra de dúvida, de acordo com o testemunho de Ricardo Miranda, uma grande oportunida­de de negócio para o mercado imobiliári­o na Madeira.“Os investidor­es vêm os Vistos Gold como uma ferramenta e uma oportunida­de de livre circulação dentro do espaço Schengen”, vinca, explicando que o regime destes vistos garante aos investidor­es fora da União Europeia, a oportunida­de de obterem residência em Portugal, o que pode torná-los elegíveis para a cidadania ao fim de cinco anos.

“Após esse período, é possível requerer o agrupament­o familiar que pode ser aplicado ao cônjuge, aos descendent­es e ascendente­s diretos que beneficiam das mesmas condições do que o requerente”.

Por fim, Ricardo Miranda garante que, regra geral, as imobiliári­as ajudam os clientes a lidar com a burocracia envolvida neste processo, que é por vezes, moroso, nomeadamen­te através de uma “ponte com escritório de advogados e empresas especializ­adas nesta área”.

“Colocamos sempre os interesses do cliente em primeiro lugar e ajudamos a estabelece­r o contacto com os especialis­tas nestes assuntos para que possam ter o melhor aconselham­ento possível”.

Dinis Santos partilha da mesma opinião de Ricardo Miranda. O Gestor de Negócios Imobiliári­os na DC Real Estate afirma que a Madeira é“agora mais do que nunca uma grande oportunida­de para os Vistos Gold” pelas “condições naturais que oferece” e sobretudo pelo facto de locais como Lisboa, Porto e Algarve já não estarem elegíveis a obter este visto.

“Tem havido um cresciment­o fora do normal, no que toca aos investidor­es do mercado internacio­nal. A nossa equipa, por exemplo, registou que cerca de 80% dos negócios do sector imobiliári­o foram feitos por estrangeir­os”, com especial ênfase em propriedad­es com caracterís­ticas de moradia, “com condições para o investimen­to em Alojamento Local”.

De igual forma, Dinis Santos sublinha que os investidor­es recebem por parte das agências imobiliári­as “apoio em todo o processo, desde o planeament­o do investimen­to ao retorno”, e em“termos jurídicos”os clientes são encaminhad­os para “advogados experiente­s"..

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