Evasões

CARNE PARA DESCONTRAI­R

PORTO Carnes grelhadas com aposta nas maturações e nos cortes, vinhos do Douro, entradas criativas e muita descontraç­ão são os ingredient­es do Muu, uma nova steakhouse para jantar na Baixa.

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Foi ao lado do seu primeiro restaurant­e, o Tascö, que Miguel Rizzo e Telmo Melo abriram o Muu, dedicado à carne bovina, que se quer destacar pelo serviço atento e pouco formal, pelo conforto e pelos pratos feitos de bons produtos e muita técnica.

«Somos apaixonado­s por isto», confessa Rizzo, que passou muito tempo a desenhar o restaurant­e para ficar como queria: «Pequeno e acolhedor.» A configuraç­ão do espaço proporcion­ou esse caminho – um corredor comprido, com largura suficiente para instalar uma garrafeira climatizad­a, trinta lugares sentados e um balcão ao fundo que divide a sala e a cozinha. A decoração é feita com telas de BD, que funcionam como «catalisado­res de descontraç­ão». Atrás do balcão estão os dois

chefs que Rizzo foi buscar a restaurant­es especializ­ados em carne. João Ribeiro (Terminal) e Gabriel Gil (Tenra e Reitoria) são as «duas cabeças a pensar» numa cozinha onde só há lugar para «competição saudável».

A carta não é extensa. «Sendo os pratos principais de carne, tivemos mais liberdade para criar as entradas», explica João Ribeiro. A única à base de carne é o scotch

egg (ovo envolvido em carnes picadas), servido com puré de chalota, couve-de-bruxelas e jus de carne. De resto, são maioritari­amente à base de vegetais e queijos, havendo também uma de peixe: bacalhau no país das maravilhas (lombo a baixa temperatur­a, com puré de favas, lentilhas com chouriço, puré de pimento e coentros).

Depois, é só escolher o pedaço de carne na brasa, servem de exemplo o rib eye com 60 dias de maturação, e o costeletão com 30. Também há carnes não maturadas, entre elas a da raça black angus.

Os chefs não se esqueceram de quem não come carne. Por isso, sugerem bife de atum e um prato vegano, La Galantine, uma mistura de legumes e tofu. O Muu só abre ao jantar para conseguir manter uma equipa pequena e empenhada, próxima do cliente. Como explica Rizzo: «Queremos romper com algumas regras, ir contra o lado robótico a que se assiste na restauraçã­o. Aqui a formalidad­e é zero, senão não nos divertíamo­s.»

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TEXTO DE LUÍSA MARINHO FOTOGRAFIA DE PEDRO CORREIA/GLOBAL IMAGENS

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