NOVA QUEIJARIA NA BAIXA DO PORTO
Dois amigos galegos mostram a sua paixão pelo queijo numa loja singular com produtos internacionais.
Dois amigos da Galiza juntaram-se para abrir a Queijaria do Almada, que tem queijos nacionais e internacionais selecionados, provenientes, na maioria, de pequenos produtores.
Éuma loja visualmente apelativa: logo à entrada, há queijos de dimensão considerável, peças inteiras que, no caso do francês Comté, o mais vendido, podem atingir os 40 quilos. À medida que se avança, surgem muitos outros, menos vistosos em tamanho, alguns com aspeto curioso, devido à casca ou à forma. O espanhol Castro Castillo, por exemplo, pode fazer lembrar um tijolo. Interpretações à parte, escolher entre mais de cinquenta variedades de queijo revela-se difícil. Nada que quem está do lado de lá do balcão não resolva.
«O cliente pode provar os queijos à fatia, para estar mais seguro. Perguntamos quais as preferências – mais amanteigado, duro, mais seco, mais picante, de pasta mole – e, em função disso, damos a provar.» É assim que Alberte Pérez quebra o gelo, quando entra alguém na Queijaria do Almada, a loja especializada que abriu, no final de março, com o amigo Alejandro Lamela Arias. Ambos são de Lugo, na Galiza, mas escolheram montar o negócio deste lado da fronteira por gostarem do Porto e de Portugal. São também apaixonados por queijo, e o primeiro mantém, há quatro anos, uma loja do género em Lugo.
Na Queijaria do Almada, há queijos portugueses, espanhóis, ingleses, franceses, holandeses e italianos. Alguns são vendidos à unidade, outros ao peso, em porções à medida do cliente. «Na grande maioria, são queijos de pequenos produtores, muitos deles de edição limitada», sublinha Alberte, diante da banca
munida de diversos exemplares, cada um com uma pequena descrição, o nome de quem o fabricou e o sítio.
Aquela seleção não é estática, alerta o responsável: «Vamos procurar ter novidades e não nos
cansamos de descobrir projetos relacionados com o mundo do queijo. Estamos abertos a trabalhar com mais produtores.» Desde que partilhem da sua filosofia slow, «amigável com o meio e com o cliente final», claro.