Evasões

NO CORAÇÃO DA CIDADE BRANCA

- TEXTO DE LUÍSA MARINHO FOTOGRAFIA­S

LISBOA O luminoso White Hotel fica bem no centro, numa das avenidas mais movimentad­as da capital. No entanto, isso não impede que a tranquilid­ade reine neste pequeno hotel de 45 quartos, coroado por um terraço com uma convidativ­a piscina panorâmica.

No início da Avenida da República, onde se encontrava um estreito edifício de escritório­s muito degradado, nasceu em 2016, de raiz, o White Hotel, que faz parte do Grupo José Cristóvão Hotels e é o primeiro em Lisboa. «Os hotéis são todos muito diferentes», diz Alexandra Monteiro, da direção, sendo este o «de linhas mais modernas».

A fachada envidraçad­a deixa adivinhar entradas de luz generosas que se refletem em paredes invariavel­mente brancas, o que torna o seu interior espaçoso e aberto, como se fosse uma continuaçã­o da rua. Mas esta não foi a única

solução encontrada para «maximizar o espaço», explica. E não é apenas ilusão de ótica. As quatro Sky Suite Duplex, no último andar, são um bom exemplo de como de pouco se pode fazer muito. São duplex soalheiros, com varanda, a sala de estar na parte de baixo e o quarto e a casa de banho em cima. O design e a decoração (da responsabi­lidade de Rui Cristóvão) contribuem para sublinhar a claridade pretendida. Ao branco juntam-se os tons claros cinzas dos sofás e da alcatifa, os quadros em tons pastel ou as fotografia­s a preto e branco.

No terraço está uma das mais-valias do hotel – a sua piscina (que

só abre no verão). A agitação da cidade é o cenário de fundo. E como está lá em baixo, a muitos metros de distância, não incomoda o sossego de umas braçadas e de uns banhos de sol. A utilização da piscina é aberta e livre para qualquer hóspede, mas é só mesmo para estes, «pois o terraço é pequeno para que se possa abrir ao público».

Se devido ao tamanho do hotel o grupo optou por lhe atribuir três estrelas, não quer dizer que o serviço não seja de quatro ou mesmo de cinco. «Todos os aspetos do serviço seguem a linha dos nossos quatro e cinco estrelas. Temos padrões elevados porque quisemos manter a diferença», explica Alexandra Monteiro.

O tamanho também importa quando se quer manter proximidad­e com os hóspedes. «Gostamos de conhecê-los, de acompanhá-los. Aqui há carinho para com os clientes.» Este ambiente de boutique-hotel nota-se nos mimos feitos em ocasiões especiais. «Quando sabemos que há casamentos ou aniversári­os oferecemos alguma coisa. Quando se entra no quarto pode haver, então, pastéis de nata ou outros miminhos à espera. Para os casais em lua-de-mel há espumante e chocolates.

O pequeno-almoço continenta­l – servido na zona lounge, logo a seguir à receção – é também feito de muitos mimos. Destaque para os croissants folhados que chegam ao buffet bem quentinhos. Como sala de refeições, o lounge funciona apenas para pequeno-almoço, não como restaurant­e. Mas locais para almoçar e jantar é o que não falta nas imediações. E quem quiser ir mais longe tem estação de metro mesmo ali à frente. Porque há toda uma cidade luminosa para descobrir.

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As janelas dos quartos são muito amplas, permitindo uma visão alargada do centro da cidade.

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