O REGRESSO DO LUXUOSO INFANTE SAGRES
Após cinco meses de obras, aquele que foi o primeiro hotel de cinco estrelas da cidade regressa com um total de 85 quartos – incluindo dez luxuosas suites -, uma piscina e um Vogue Café.
Após vários meses de obras, o primeiro cinco estrelas do Porto reabriu, ainda mais elegante e confortável.
Inaugurado em 1951, o Hotel Infante Sagres é um ex-líbris do turismo e hotelaria do Porto, tendo acompanhado a história da cidade e o vibrante crescimento dos últimos anos. Encerrado em novembro de 2017 para obras, regressou a 20 de abril com 85 quartos – mais 15 do que anteriormente, incluindo dez suítes – um novo deck exterior com piscina e o primeiro
Vogue Café na Península Ibérica.
«O Infante Sagres é a joia da cidade e nós estivemos a poli-la», diz Adrian Bridge, CEO do The Fladgate Partnership, grupo que adquiriu o hotel em 2016 e que detém ainda o The Yeatman, em Vila Nova de Gaia, e o Vintage House Hotel, no Pinhão. Ao longo de cinco meses, várias equipas especializadas em conservação e restauro de
arte trabalharam na revitalização do edifício sem abdicar da sua traça original, marcada pela talha dourada dos tetos, deslumbrantes lustres e candeeiros, majestosos vitrais e peças de mobiliário históricas.
O emblemático vitral que ladeia a escadaria que conduz ao segundo piso mereceu particular atenção, tendo os 500 painéis produzidos pela Oficina Ricardo Leone sido retirados, limpos e recolocados um por um. Entre as novas peças adquiridas pelo hotel está uma bandeira de Portugal datada do século
XVII, que ornamenta uma das paredes da sala à entrada, e um barco de filigrana que está exposto num corredor no quinto piso.
«O valor histórico do hotel ficou escondido com a degradação e foi desvendado neste processo», afirma Carlos Trindade, diretor-geral do Infante Sagres. Os especialistas recorreram a técnicas tão meticulosas como
o uso de bisturis, escovas e esponjas de dentes para apagar a passagem do tempo no edifício projetado pelo arquiteto Rogério Azevedo nos anos 1950 (e cujo projeto de recuperação foi encabeçado por António Teixeira Lopes, seu aluno).
A otimização do luxo e do conforto do hotel manifesta-se também no aumento do seu
staff, que passou de 50 para 75 colaboradores, o que, segundo Carlos Trindade, «permite oferecer a consistência de serviço e a qualidade que carateriza o grupo». A sala de pequenos-almoços também foi completamente renovada, e a partir de agora os hóspedes poderão dirigir-se ao Vogue Café para almoços ou jantares ou mesmo para provar um dos cocktails de vinho do porto da carta.
The Fladgate Partnership pretende abrir uma nova ala de quartos em 2019 num edifício contíguo ao hotel situado na Rua da Fábrica. Existe ainda o plano de construir um spa e piscina interior na zona que é agora a cave do hotel, mas nada está ainda definido devido aos processos judiciais relativos à histórica livraria portuense Sousa & Almeida, comprada pela proprietária dos hotéis no ano passado.