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«COSTUMO DIZER QUE OS DOCES FAZEM BEM À ALMA»

LIVRO A autora do blogue Há Alguém Mais Gulosa do Que Eu? acaba de lançar um segundo livro, com mais de cem receitas, desde sugestões para o pequeno-almoço até bolos para festas . Há opções sem glúten, sem açúcar refinado e veganas. TEXTO DE CARINA FONSEC

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Ainda considera que tem «o melhor emprego do mundo»? Sem dúvida. Não tenho tido muito tempo para visitar restaurant­es e pastelaria­s, para provar a melhor doçaria porque estou dedicada à loja [Há alguém mais Gulosa do Que Eu?, em Coimbra]. Agora, o meu trabalho é comer bolos dos meus [risos]. Tenho de testar e, às vezes, adaptar. Portanto, continuo a ter o melhor emprego do mundo: comer doces. Porque decidiu lançar este livro, o segundo volume?

Tem receitas diferentes, que vão desde o pequeno-almoço até bolos de aniversári­o e para eventos, para casamentos. É um livro com mais de cem receitas para celebrar o melhor da vida. Então, não tem só receitas de bolos, como o primeiro. Neste livro encontramo­s doces vários que podemos ingerir sem sentimento­s de culpa, opções vegan, sem açúcar refinado ou sem glúten, receitas de pequeno-almoço, desde batidos até bolachinha­s, doces que se fazem em menos de cinco minutos, receitas tradiciona­is ou de inspiração conventual, sugestões de verão e de inverno, bolos perfeitos para festas. Alguns dão para bolos de casamento, como o de maracujá com creme de baunilha, de vários andares, muito bonito e saboroso. A palavra saudável pode ser associada a um doce? Se não tiver açúcar, se não tiver glúten, se for vegan, acho que sim. Um doce não tem de levar açúcar. Por exemplo, os queques de batata-doce e noz, vegan e sem açúcar refinado, são um tipo de doce que os pais podem dar aos filhos. Correu o país a experiment­ar doces. O que concluiu sobre a doçaria portuguesa? Continuo a achar que temos a melhor doçaria do mundo. É muito rica. Temos receituári­o com centenas de anos. A nossa doçaria conventual, bem feita e com matéria-prima de qualidade, é a melhor do mundo. Licenciou-se em Jornalismo e trabalhou na área. Fazer doces e dá-los a conhecer também é comunicar? É uma forma de transmitir a minha paixão e não há nada que me deixe mais feliz do que provocar sorrisos. Costumo dizer que os doces fazem bem à alma. Fazer um bolo de aniversári­o e a pessoa dizer-me que foi o melhor chantilly que já comeu, porque é feito com natas biológicas e ela percebe a diferença, deixa-me feliz.

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