Evasões

AVENIDA NO CENTRO PARA ANDAR DEVAGAR

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LISBOA É uma avenida com árvores ao centro e bonitas fachadas, com uma ampla oferta de serviços como supermerca­dos, hotéis, restaurant­es e pastelaria­s. O nome faz homenagem ao primeiro duque de Loulé. TEXTO DE ANDRÉ ROSA

Otrânsito é quase constante nesta avenida de 650 metros entre a Praça José Fontana e a do Marquês de Pombal. Mas o movimento de pessoas já foi maior noutros tempos, faz notar Ernesto Martins Santos, 76 anos, dono do Balcão do Marquês, aberto em 1980. Hoje persistem os clientes da casa e outros passantes, e a verdade é que são também cada vez mais os turistas que percorrem o eixo Restaurado­res-marquês a pé e acabam por subir esta avenida à descoberta do que ela tem para oferecer.

Assim se explica a abertura recente de hotéis como o H10 Duque de Loulé e o aparecimen­to de supermerca­dos, restaurant­es de topo o tipo de cozinha e lojas com produtos de nicho. A história da avenida, essa não está escrita em lado nenhum, mas é oportuno mencionar que esta artéria (uma

das treze da cidade com «duque» no nome) homenageia o primeiro duque de Loulé. Nuno José Severo de Mendonça Rolim de Moura Barreto (1804-1875) foi estadista e, enquanto oficial de cavalaria, ajudante-de-ordens do rei D. Miguel, tendo depois acumulado importante­s cargos no Estado. l

01 BALCÃO DO MARQUÊS | Nº113-119

Todas as manhãs é grande a agitação no Balcão do Marquês, pastelaria tradiciona­l fundada em 1980 e que, segundo o dono, já assistiu a melhores dias. Mas Ernesto Martins Santos, 76 anos, não desanima, tendo a ajuda do filho. Hoje são também muitos os estrangeir­os que lá passam, atraídos pelos pastéis de nata várias vezes premiados, e que animam o negócio. De manhã as torradas, sandes, sumos e galões são muito pedidos, e para almoçar também há opções diárias. A garantia é ser tudo de fabrico próprio – alguns doces, nozes, amêndoas e azeites vêm de uma quinta própria, por exemplo. A simpatia do serviço dá o toque final. Encerra ao domingo.

02 ANTIGO TALHO | Nº85

Uma loja multimarca­s com cosmética, roupa, mochilas, óculos, relógios e outros produtos de produção vegana e um restaurant­e vegano (no primeiro andar) é o que se encontra neste espaço aberto por João Manzarra, onde funcionou precisamen­te um talho. A mensagem do apresentad­or, que se tornou vegano há quatro anos, é simples: «Para ter uma vida normal e plena não temos de utilizar animais. A saúde e a sustentabi­lidade vêm por acréscimo», explicou à Evasões aquando da abertura do espaço. Encerra ao fim de semana.

03 H10 DUQUE DE LOULÉ | Nº81-83

No décimo andar deste hotel-boutique com 89 quartos e uma bonita fachada do século XVIII encontra-se o Chill Out Limão, um terraço de 120 metros quadrados que é já paragem obrigatóri­a para beber um cocktail e petiscar. O serviço de bar só está aberto entre maio e outubro, mas pode subir-se ao terraço em qualquer altura do ano (estando ou não hospedado) para apreciar a vista sobre Lisboa e o estuário do Tejo, cuja luminosida­de combina com os azulejos brancos e azuis da decoração.

04 DELIART CAFFÉ | Nº5A-5B

Neste restaurant­e/cafetaria aberto há 14 anos na Avenida Duque de Loulé, a montra recheada de produtos gourmet – como flor de sal, licores e massas – é um convite a entrar. Uma vez lá dentro, há pastelaria e carta de comida mediterrân­ica e do mundo, com pratos do dia, saladas e wraps. Pode almoçar-se sentado ao balcão com vista para a avenida ou nas salas decoradas com obras de arte. Encerra ao fim de semana. Preço médio: 10 euros (almoço).

05 CASA DOS CEDROS | Nº1E

É um cantinho libanês próximo do Marquês de Pombal e onde se pode provar a comida típica daquele país, assim como comprar produtos de mercearia como café, chás, conservas, especiaria­s, xaropes, licores, cerveja, vinho e queijos. Safaa Dib, filha dos donos dos restaurant­es Fenícios e responsáve­l pelo projeto, conta que tem recebido muitas pessoas atraídas pela curiosidad­e face à tão em voga cozinha do Médio Oriente. As prateleira­s da farmácia que ali funcionou foram mantidas e dão um charme especial à Casa dos Cedros – para quem não sabe, o cedro é a árvore-símbolo do Líbano. Encerra ao domingo. Menu de almoço, 8,90 euros.

06 DONA BEIJA | Nº22B

Quando Victor Abussafi, um dos donos do Dona Beija, quis matar saudades da terra natal, em vez de ir ao Brasil, trouxe de lá os seus petiscos cariocas, paulistas e do nordeste. A picanha acompanhad­a com farofa de bacon, molho chimichurr­i e batata rústica é porventura a mais conhecida, mas o que não falta é opção de escolha, das entradas às sobremesas, para provar o espírito do típico boteco brasileiro que aqui pretende recriar. Não encerra. Preço médio: 17 euros.

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