Evasões

SABOREAR BEM A VIDA

PORTO O Marmorista, restaurant­e-bar nascido há meses no lugar de um armazém de mármores, apontou holofotes para a Rua da Meditação, na Boavista. E em poucos metros há mais para descobrir: pratos tradiciona­is, flores, arquitetur­a e arte.

- TEXTOS DE CARINA FONSECA EOTOGRAFIA DE ARTUR MACHADO/ GLOBAL IMAGENS

Éum trajeto curto, de cento e tal metros, com restaurant­es e lojas, este que liga a praça de Mouzinho de Albuquerqu­e (mais conhecida como Rotunda da Boavista) à rua de Agramonte. A rua da Meditação começou por s e chamar rua do Cemitério de Agramonte, depois passou a rua do Cemitério e, em 1939, ganhou a atual designação, segundo informaçõe­s da Câmara Municipal do Porto. Sabe-se que foi projetada, na segunda metade do século XIX, no âmbito da melhoria dos acessos àquele cemitério público, desconhece­ndo-se, porém, o motivo do nome. “Quem vai para o cemitério fica a meditar”, arrisca Fernando Oliveira, responsáve­l pelo Grelhador da

Boavista / 39, em conversa com a Evasões. Já no “Prontuário de toponímia portuense”, de Manuel do Carmo Ferreira, se adiantava hipótese idêntica, mas sem certezas. “Meditação na vida que nos espera além da morte? É bem possível. Ao certo desconhece­mos a razão deste poético topónimo”, lê-se na referida obra. ●

GRELHADOR DA BOAVISTA / 39, Nº 39

Fernando Oliveira está há 25 anos à frente deste restaurant­e, a dois passos da Rotunda da Boavista, que tem entre as suas especialid­ades a posta à

Grelhador, a picanha, o bacalhau assado na brasa e os secretos de porco preto. De segunda a sexta, também serve pratos do dia, de cozinha portuguesa, por valores desde 5,50 euros. Preço médio: 15 euros. Não encerra.

CANTEIRO DA SOFIA, Nº 44

As dificuldad­es resultante­s da pandemia, com quebra de procura por flores e velas para pôr no cemitério, levaram a florista Sofia Pais a introduzir mudanças na loja, que soma mais de duas décadas. Continua a apostar nas flores, embora já não tenha ramos e coroas prontos a levar (são preparados na hora), faz entregas e trabalhos para fora. Mas, após o segundo confinamen­to, ampliou a oferta: agora também vende alguns acessórios de moda e cosméticos. Fecha à segunda.

JOÃO MOURA MARTINS, Nº47

A montra com jogos e brinquedos de outros tempos convida a entrar na

loja de antiguidad­es de João Moura Martins, para apreciar os seus objetos de arte, mobiliário e design. “Dentro das antiguidad­es, sempre tive as coisas mais modernas, e também faço alguma produção de objetos”, conta ele, que foge à ideia clássica de antiquário, por andar mais rente ao século XX. Vende móveis dos anos 1960/70, mas não só. Há toda uma mistura. E mais para ver em armazém. Encerra domingo e segunda.

CASA BEIRA ALTA, Nº 57

António Correia passou praticamen­te toda a vida na Casa Beira Alta, assim batizada porque os pais eram de Oliveira do Hospital. Há décadas que dá continuida­de ao negócio familiar, uma casa de pasto aberta das sete às 19 horas, com sabores tradiciona­is, desde petiscos até refeições mais compostas - há menu diário, ao almoço. Ali, tanto se pode comer sandes de queijo da Serra como rissóis, i scas de bacalhau, tripas à moda do Porto, feijoada à transmonta­na ou bacalhau à Braga, entre outras opções, que vão variando. Encerra ao domingo. Preço médio: 7,50 euros.

O MARMORISTA, Nº 70

Pratos para partilhar, cocktails de autor e animação a cargo de DJ, nas noites de quinta a sábado. Eis a proposta deste novo restaurant­e-bar, nascido no lugar de um armazém de mármores - dele restam os bustos logo à entrada, tampos de pedra e outras memórias, bem vivas, desde logo, no nome. A carta é de base mediterrân­ica, com influência­s asiáticas. Nos dias úteis, ao almoço, existe menu executivo por 15 euros.

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