DOÇARIA AMARANTINA ATERRA NA BOAVISTA
PORTO Os doces conventuais de Amarante, o Babão e o Bolo de Bolacha da Padaria Pardal chegaram à Rua da Boavista. Na Casa Pardal também há regueifa e folar, bem como outros produtos regionais.
Lá [em Amarante] somos a Padaria Pardal, aqui [no Porto] queríamos ser a Casa Pardal, porque queríamos que as pessoas viessem a nossa casa tal como fomos às suas, durante a pandemia”, começa Filipe Soares, o proprietário. Na verdade, foi o enorme número de encomendas provenientes do Porto, durante os últimos dois anos, que motivou Filipe e Diva Costa, sua mulher, a avançarem com a casa. Esta é a mais recente novidade de um negócio começado pelo pai de Filipe, que acompanhava sempre a sua avó quando esta ia do Marco de Canaveses para a Amarante, vender regueifa em festas e feiras. A experiência ganha nas incursões fê-lo abrir a primeira padaria na cidade banhada pelo Tâmega,em 1988. Em 2001, a Pardal ganhou mais um espaço em solo amarantino, em frente ao Convento de São Gonçalo, e cinco anos depois Filipe ficou à frente do negócio.
Na Casa Pardal apresentam-se as especialidades doces e salgadas, bem como outros produtos regionais, como fumeiro, azeite, vinhos, mel, queijos e biscoitos. Mas é, sem dúvida, a doçaria que mais clientes atrai, provocando um corre-corre na loja, sobretudo ao fim de semana. Além dos cinco doces conventuais de Amarante, da montra também espreita “O tal Toucinho da Pardal”, o Pudim de Santo - um pudim baseado nos doces conventuais -, o Babão - uma espécie de pão-deló húmido com crosta de açúcar -, o recente Bolo de Bolacha - feito seguindo a receita da mãe de Filipe, com creme de manteiga, e vendido em prato de vidro -, croissants, cavacas, húngaros e o doce fálico de São Gonçalo. A oferta inclui ainda folar, vendido num pote de barro, pão regional, e regueifa, vendida ao fim de semana “para manter a tradição”. ●