PIZAS NAPOLITANAS E MASSAS FRESCAS EM NOVA CASA
SANTARÉM No Sapori D’itália, um dos novos restaurantes escalabitanos com almoços acessíveis, cabem pizas artesanais, massas frescas, risotos e outros sabores tradicionais italianos, pelas mãos de uma portuguesa e um napolitano.
Ela é da vizinha Almeirim. Ele nasceu em Nápoles. Antigos hospedeiros de bordo, faziam vida a meio caminho, em Marselha. A pandemia levou Beatriz Padre e Roberto di Cristo a mudarem-se para Portugal e dar seguimento a uma paixão antiga. Estão juntos no amor, na restauração e até nos apelidos. “Somos uma família abençoada”, ri-se Beatriz, que abriu há um ano uma pizaria em Santarém, depois do marido se formar como pizzaiolo na sua terra de origem, o berço das pizas. No primeiro confinamento, começaram a cozinhar em casa para amigos e o passa-palavra fê-los chegar a esta nova morada.
Das massas frescas às pizas napolitanas feitas de forma artesanal, no Sapori D’itália “tudo é feito à mão e com amor, respeitando a tradição italiana”, conta Roberto, que usa farinhas e produtos premium do seu país – queijos, enchidos, trufa e mozarela de búfala DOP, por exemplo -, os quais alia a frescos e ervas aromáticas portugueses.
Nas pizas, existem 13 variedades, das clássicas às de autor, que vão a forno elétrico – o modelo usado é o primeiro com o aval da Associazione Verace Pizza Napoletana – durante 60 a 90 segundos, depois das massas terem levedado durante um mínimo de 24 horas. Nas massas frescas, as propostas vão dos ravioli recheados com cogumelos e trufas negras ao linguine em molho de tomate-cereja e lagosta flamejada em brandy, sem esquecer o tagliatelle em creme de parmesão com cogumelos frescos e salsicha fresca italiana. Há ainda risotos, lasanhas, saladas e carpaccio de carne e peixe – espadarte e lombo de novilho.
No geral, os preços são acessíveis, mas a cereja no topo do bolo são os menus de almoço a nove euros, sempre disponíveis às segundas, quintas e sextas, por nove eu
9 euros Às segundas, quintas e sextas ao almoço. Inclui sopa, prato e café.
Segunda: panino com novilho estufado, batata e salada Quinta: piza Margherita Sexta: esparguete com polvo em molho de toma
Carla Silva e Emanuel Marques partilham 28 anos de amizade e duas cafetarias bem distintas na Marinha Grande, a sua terra natal. Primeiro, abriram a Hello, Darling! (ler caixa) e, mais recentemente, a Hello, Miss Frida!, em referência à pintora mexicana Frida Kahlo, de quem ela é especial admiradora. O novo negócio ocupa um espaço municipal junto ao Museu do Vidro e à Casa da Cultura Teatro Stephens (aos quais dá apoio: o horário é alargado em dias de espetáculo). A dupla venceu o concurso público e apresentou à cidade uma proposta diferente - desde logo, pela decoração.
A Hello, Miss Frida! ocupa dois andares, decorados em tons de rosa, com imagens e outros objetos alusivos a Kahlo. Carla esclarece que não se trata de um museu nem de uma exposição sobre a artista, ainda que haja pessoas “de vários pontos do país” a dirigirse ali para conhecer a casa. Acima de tudo, desejava que fosse “ousada, criativa e a desafiar estereótipos”, à semelhança da pintora que tanto a apaixona. “Quisemos ser qualquer coisa fora da caixa”, reforça Emanuel. A opção pelo rosa (que se estende das paredes aos talheres) é exemplo disso, nota. Fugiram às cores berrantes, associadas ao México.
A influência daquele país, na carta, reflete-se nos tacos, apelidados de Diego, Arriba e Cucaracha; e em sugestões como a bowl de chili, arroz basmati, abacate, nachos e lima, ou o cocktail Paloma, à base de tequila. Mas fica por aí. “Não somos uma casa mexicana”, clarifica Emanuel, e sim uma cafetaria que tanto serve bagels como cacos (bolos do caco com diferentes recheios) ou croissants (brioche ou integrais, igualmente recheados). A ementa, desenhada por Carla foi pensada para ser uma companheira de todas as horas.