Viajar no tempo (sobre carris)
O Museu Nacional Ferroviário, que conta a história do caminho de ferro em Portugal, guarda uma enorme variedade de documentos e peças, desde locomotivas a vapor até ao único comboio real completo da Europa.
Na receção do Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento, estão expostas algumas peças, como faróis e lanternas de sinais de outras épocas; mas é preciso entrar para perceber como é rica a coleção, que integra locomotivas, carruagens, salões, vagões e um sem fim de objetos e documentos carregados de memórias. É uma viagem de 160 anos pela história do caminho de ferro em Portugal, que tem lugar no antigo Complexo Ferroviário da cidade, uma área com 4,5 hectares (o equivalente a seis campos de futebol) e 19 linhas ferroviárias.
A exposição estende-se por três edifícios. O primeiro, construído nos anos 1940, era o Armazém de Víveres, onde os ferroviários faziam as compras. É lá que aprendemos sobre os primórdios do comboio a vapor e a construção da rede ferroviária nacional. Uma das peças mais emblemáticas é a locomotiva-brinquedo “La Liliputienne”, réplica de uma locomotiva do rei francês Louis Philippe que o próprio ofereceu aos príncipes da família real portuguesa. Certo é que D. Pedro V e o irmão D. Luís acabaram por ter um papel determinante na introdução daquele meio de transporte no país.
A primeira viagem de comboio em Portugal, de Lisboa a Vala do Carregado, data de 1856. Esse marco histórico é assinalado por um bilhete e por uma aguarela de António Joaquim de Santa Bárbara retratando a chegada do Comboio Real ao Carregado, aponta Dina Póvoa, responsável pela unidade de atendimento do museu, que disponibiliza visitas orientadas para uma ou mais pessoas, por marcação.
Cenário bem diferente é a Rotunda das Locomotivas, onde estão expostas várias máquinas a vapor, incluindo a locomotiva mais anti
O Comboio Presidencial (em cima) é das joias mais brilhantes do museu, que ocupa três edifícios