Evasões

As várias faces do vidro

Um lustre com pingentes em forma de bacalhau, frascos de farmácia, olhos para bonecas… Estas e outras peças em exposição no Museu do Vidro ajudam a contar a história da indústria vidreira em Portugal.

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Chamam à Marinha Grande capital do vidro, tal a força daquela indústria, que se fixou ali, em tempos longínquos, muito devido à abundância de matérias-primas essenciais ao seu funcioname­nto - como a madeira do Pinhal do Rei. E é lá que se ergue o Museu do Vidro, ou não fosse ainda o principal centro de produção do mesmo, no país. O equipament­o funciona no Palácio Stephens, edifício setecentis­ta inserido no núcleo do Património Stephens (antiga Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande). Enquanto o rés-do-chão acolhe exposições temporária­s, a exposição permanente, distribuíd­a por várias salas, conta a história da evolução do vidro, em Portugal, desde os séculos XVII/XVIII.

Este é o Ano Internacio­nal do Vidro, um bom pretexto para visitar aquele espaço, que dá a conhecer os processos de fabrico e decoração do vidro, das diferentes técnicas às máquinas e ferramenta­s utilizadas. Os produtos fi

também estão à vista, claro: peças decorativa­s e utilitária­s, algumas de temática religiosa, outras ligadas à ciência e à vida quotidiana.

Há desde apanha-moscas do século XIX até ampolas de soro, ventosas e frascos de farmácia, delicadas figuras de animais ou olhos de vidro, de diferentes cores, destinados a bonecas ou a animais embalsamad­os. E, com estes últimos, surgem moldes e outros utensílios, como a tábua de acasalamen­to, que servia para combinar os pares de olhos.

Mas uma das peças mais destacadas fica no antigo salão nobre do palácio onde viveu o in

Olhos de vidro para bonecas e animais embalsamad­os estão entre os objetos mais curiosos

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