FÁBRICA DA HISTÓRIA A memória do arroz numa antiga fábrica de descasque Estarreja
Uma fábrica encerrada há mais de 30 anos está a ser convertida em museu alusivo ao cultivo de arroz, no concelho. Chama-se Fábrica de História, e deve abrir ainda neste ano, com um restaurante onde o cereal domina a ementa.
No lugar da antiga Hidro-eléctrica de Estarreja – Fábrica de Descasque de Arroz, vai nascer um museu para preservar a memória daquele espaço, sem perder de vista a história da cultura de arroz no concelho. Chama-se Fábrica da História, e a expetativa é que abra até ao fim do ano, segundo Isabel Pinto, vereadora da Câmara de Estarreja com o pelouro da cultura. Para o edifício está projetado, além de um circuito museológico apoiado em novas tecnologias, um restaurante com vista para o Baixo Vouga lagunar - e arroz na ementa, claro.
A fábrica em questão, fundada por Carlos Marques Rodrigues, começou a laborar em 1922 e fechou em 1987. No novo museu, os visitantes vão encontrar um conjunto de memórias, objetos e documentos que têm, inclusive, pontes para a edição de 2017 do festival de arte urbana
Estau. Nesse ano, houve uma recolha de testemunhos de ex-trabalhadores e outras pessoas ligadas à antiga fábrica, que conduziu a um feliz acaso: nas instalações em ruínas, foi encontrado um cofre com fotografias, contratos e demais documentação sobre a casa.
Antes da inauguração da Fábrica da História, estão programadas visitas performativas ao local, em data a definir. Por agora, junto ao edifício em obras podem ser apreciadas duas peças integradas no circuito de arte urbana, assinadas por Vhils e Camilla Watson (na fotografia), que remetem para o cultivo do arroz em Estarreja - ainda em curso, nas freguesias de Salreu e Canelas.
A Evasões viajou a convite do Turismo Centro de Portugal
São João da Madeira mostra o seu património industrial num roteiro por vários museus temáticos e unidades fabris. Esses circuitos turísticos englobam espaços como a Viarco (a única fábrica de lápis do país), o Museu da Chapelaria, o Museu do Calçado ou a Oliva Creative Factory. É, aliás, na Torre da Oliva que funciona, há dez anos, o centro de acolhimento do turismo industrial da cidade, através do qual se pode comprar bilhetes, agendar visitas ou aceder a guias turísticos e audioguias.
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