BANZÉ TRANQUILO
LISBOA Fica no outrora frenético enclave do Forum Picoas e o teletrabalho ainda retém a horda nas suas casas. Mas este Banzé é muito bem vindo e já está a bombar, por isso não há tempo a perder, que o chef Bruno Rodrigues não dá tréguas.
CRÍ T I CO DE COMIDA E VI NHOS complexo universo restaurativo nacional. Brilha e vai brilhar muito.
Vamos à petisquice? A seu tempo, todos terão já provado tudo o que consta no cardápio, mas proponho de forma veemente que o baptismo aconteça com a tríade croquetes de rabo de boi (4 euros, 3 unidades), bife tártaro (10 euros) e bitoque de lavagante (15 euros). A proposta vegetariana não lhe fica atrás em sabor, é igualmente maravilhoso o trio brás de alho francês (6 euros), couve- flor gratinada (6 euros) e legumes grelhados com maionese de kimuchi (6 euros), além de constituir um demonstrador do enorme talento do chef Rodrigues.
Na exploração da ementa dou com a canja de capão (4,50 euros) e perante a minha surpresa, é-me explicada a relação de embaixadora do Capão de Freamunde IGP que a casa detém formalmente. Talvez com a instalação da canícula deixe de marcar presença enquanto proposta, mas vale a pena gozá-la bem enquanto a noite esfria. O galo capão (14 euros), assado em forno de lenha é glorioso e já que estamos nas carnes, o bife à Banzé (13,50 euros) é um tratado de sabor e acertos, até as batatas fritas são de ir às lágrimas. O rei Neptuno não tem razão de queixa, há umas iscas de bacalhau (5 euros) de que encomendamos nova dose quando ainda vamos a meio, o tártaro de cavala (8 euros) é de fazer corar muitos restaurantes de comida oriental e a salada de polvo com creme de alho (7 euros) é perfeita. Não fazemos banzé quando chega a hora de voltar à vida terrena, mas fazemos birra até que nos prometam voltamos em breve. Amanhã. ●