Evasões

Inteiros ou cortados à mão

GENUÍNO - ATELIER DO PRESUNTO LISBOA

- TEXTO ANDRÉ ROSA FOTOS GERARDO SANTOS/GI

Manuseando a faca com firmeza e precisão, um dos três cortadores do Genuíno - Atelier do Presunto vai fatiando pequenas tranches de presunto, colocando-as uma a uma numa base para depois as embalar a vácuo. “O vácuo é a melhor forma de conservar a textura e sabor dos alimentos”, atesta Frederico Collares Pereira, que há quatro anos criou este negócio de fornecimen­to de presunto já cortado à restauraçã­o e hotelaria. Tinha sido até então dono de vários restaurant­es e o presunto era um “amor-ódio”, pela mão-de-obra e tempo implicados.

“Comprava um presunto inteiro e punha o meu chefe de sala a cortar. Mas, como não tinha formação, demorava muito tempo e por vezes havia desperdíci­o ou o presunto secava em dias com pouca saída”, recorda. Em Espanha, “onde os hábitos de consumo deste produto são muito diferentes dos nossos”, Frederico percebeu que muitos restaurant­es já não têm cortaseñor­io dor em permanênci­a, ganhando tempo ao servi-lo já fatiado, em minutos. É a filosofia que aplica na loja, em Campo de Ourique, onde vende presuntos inteiros e fatiados.

Expostos atrás do balcão, consoante os produtores, estão presuntos de Portugal (Casa do Porco Preto, Barrancos), Espanha (Cinco Jotas, de Jabugo, e Montanera, situado na Estremadur­a), França (Louis Ospital, em Bayonne) e Itália (Fratelli Beretta, em Parma). São curados durante 24 a 48 meses e depois secos. “A qualidade tem a ver com a raça do porco e a alimentaçã­o. O porco preto, ou pata negra, alimentado 100% a bolota, é o melhor”, explica Frederico Collares Pereira, apontando por isso o famoso Cinco Jotas como “o Rolls Royce” da gama.

Comprada inteira, uma perna pode custar entre 160 a 800 euros. Mais acessíveis são as embalagens de 40 gramas, ideais para servir numa tábua de charcutari­a e queijos, entre os 6 e os 12 euros. Quem quiser provar o produto antes de comprar pode pedir tábuas de um ou mais presuntos, acompanhan­do-as com queijos, gaspacho ou uma baguete de presunto e a respetiva maionese caseira. A copo, há cerveja, vinho branco, tinto ou rosé, num claro convite a petiscar tarde dentro. “O presunto ibérico é o melhor para tapear”, diz Frederico.

Fatiado a partir da perna inteira do porco curada em sal, o presunto é rei e senhor desta loja em Campo de Ourique, Lisboa, que o vende inteiro ou retalhado (em vácuo) e entrega em todo o país. Para eventos maiores, a empresa tem um carrinho com todo o serviço de corte.

GENUÍNO - ATELIER DO PRESUNTO Rua Silva Carvalho, 52C, Lisboa Tel.: 211 329 769 Web: www.genuinopre­sunto.pt Das 13h às 21h, de segunda a sexta; das 10h às 14h, ao sábado Preço: pesuntos inteiros a partir de 160 euros; fatiado, a partir de 6 euros (40g)

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