Evasões

Charme e conforto a dois passsos da avenida

- TEXTO ANDRÉ ROSA FOTOS DR

Uma manta quente aberta sobre a cama, livros arrumados em prateleira­s e viçosas plantas de interior criam em cada um dos 44 quartos do hotel Brown’s Avenue a calorosa atmosfera de uma casa habitada. “É o maior elogio que os hóspedes nos podem fazer”, afirma André Rala, diretor deste recente hotel de charme histórico e contemporâ­neo a curta distância a pé da Avenida da Liberdade, em Lisboa. Unidos por um pátio que serve de esplanada, os dois edifícios, um deles de traça pombalina, têm entrada pelas ruas de Sanum ta Marta e Rodrigues Sampaio.

A primeira dá acesso ao restaurant­e Brown’s Avenida, decorado com espelhos nas paredes, sofás de veludo, plantas e um arco de pedra romana imponente atrás do bar. Renovada há pouco tempo, a carta de base mediterrân­ica, da autoria do chef João de Andrade, propõe polvo grelhado, entrecôte maturado, sopa de tomate e linguini com cogumelos shimeji, por exemplo. Ao fim de semana, serve-se um brunch com croissants, ovos, salsichas, salgados, queijos, sobremesas e um cocktail de cortesia. Durante a semana há menu de almoço.

No pátio interior que une os edifícios existe uma esplanada, com carta de líquidos e snacks, onde os hóspedes podem saborear uma bebida de boas-vindas. Mas é no piso -1 que se encontra a maior surpresa do Brown’s Avenue: um sítio arqueológi­co do tempo de Olisipo, a Lisboa romana, balizado entre os séculos II-III e V d.c. Sempre aberto, inclusive ao público em geral, o espaço revela vestígios de um complexo agrícola nas margens do vale Valverde (atual Avenida da Liberdade), composto por um lagar de vinho, armazenage­m

O grupo Brown’s, fundado por Pedro Luz - o nome por trás de espaços icónicos da noite lisboeta, como o Plateau - abriu há pouco mais de um ano, também na capital, e de forma discreta, o seu primeiro hotel de cinco estrelas, com restaurant­e, bar e sessões de jazz abertas ao público.

e drenagens.

Em virtude da descoberta deste espólio romano, ainda durante a fase de obra, Pedro Luz, o fundador do grupo Brown’s, decidiu revestir todas as áreas comuns do hotel com lajes de mármore travertino, considerad­o um dos mais raros mármores de Roma. Já os quartos receberam mármore carrara nas casas de banho. Em comum, todas as tipologias têm um sistema de som Marshall Stanmore, um rádio Roberts, um minibar e uma chaleira Smeg e uma máquina de café Nespresso, assim como televisões inteligent­es.

Fora do quarto, os hóspedes podem apanhar banhos de sol nas espreguiça­deiras do último piso, equipado com uma pequena piscina; ou preparar a própria bebida no bar honesto da biblioteca, enquanto folheiam livros de ilustração, design, moda, política ou desporto. É também aqui que decorrem as Brown’s Jazz Sessions, com artistas consolidad­os no jazz, e as Brown’s Jazzing Out, palco de finalistas da licenciatu­ra em jazz e música moderna da Universida­de Lusíada. A programaçã­o cultural, aberta a todos, decorre duas vezes por mês.

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Rua Rodrigues Sampaio, 48, Lisboa Tel.: 210 988 970 Web: brownshote­lgroup.com
Preço: quarto duplo desde 250 euros/ noite, com pequeno-almoço. Preço médio do restaurant­e à carta: 40 euros, sem bebidas
BROWN’S AVENUE Rua Rodrigues Sampaio, 48, Lisboa Tel.: 210 988 970 Web: brownshote­lgroup.com Preço: quarto duplo desde 250 euros/ noite, com pequeno-almoço. Preço médio do restaurant­e à carta: 40 euros, sem bebidas
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