Evasões

Torres Vedras

UMA FESTA CENTENÁRIA

- TEXTO NUNO CARDOSO

A Oeste, em Torres Vedras, há seis dias de folia. Baile de máscaras, desfiles pelo centro histórico, concurso de matrafonas e animação de DJ compõem o programa desta que é uma das mais populares festas de Carnaval do país, entre 9 a 14 de fevereiro

Há precisamen­te um ano, o autodenomi­nado “Carnaval mais português de Portugal” tinha motivos extra para festejar, ao assinalar o seu centenário. Em 2024, as celebraçõe­s do Carnaval de Torres Vedras, um dos mais afamados do país, fazem-se com os olhos postos no que ainda está para chegar, sob o tema “Carnaval do futuro”.

A festa regressa às ruas do centro histórico durante seis dias, entre 9 e 14 de fevereiro. Para assistir ao desfile de carros alegóricos e foliões, com corsos noturnos (dias 10 e 12, pelas 21 horas) e diurnos (dias 11 e 13, pelas 14.30 horas) confirmado­s, é preciso pagar 16 euros pela pulseira livre-trânsito ou 8 euros para ver apenas um destes. Mas não faltam atividades livres para participar nesta festa, classifica­da como Património Cultural Imaterial Nacional em 2022: por exemplo, o baile de mascarados no Pavilhão Multiusos (dia 9, 14.30 horas), a receção dos Reis do Carnaval junto à estação ferroviári­a (dia 9, 22 horas) o corso escolar (dia 9, 9.30 horas) e a animação de DJ no Mercado Municipal, todas as noites e madrugada fora, até às 4 horas.

O Enterro do Entrudo dá-se pelas 21 horas de dia 14, com um desfile da Avenida Tenente Valadim até ao Tribunal de Torres Vedras. E antes de dizer adeus à festa na cidade das matrafonas (não esquecer o concurso de matrafonas, dia 12, pelas 23 horas, na Avenida 5 de Outubro), vale a pena passar pela Praça da República para observar a estátua de homenagem ao Carnaval, inaugurada há um ano, onde se destacam as figuras do seu primeiro rei e rainha.

Para uma panorâmica ampla da urbe que está em festa, do rio Sizandro e dos moinhos eólicos e hortas em redor, basta subir ao seu ponto mais alto, onde estão o Castelo de Torres Vedras e o Forte da São Vicente, parte das Linhas das Torres, conjunto de fortificaç­ões erguidas entre 1809 e 1810 como linha de defesa durante as invasões francesas.

Já de volta ao centro, o apetite sacia-se com os pastéis de feijão da Fábrica Coroa, um dos ex-líbris locais no que toca à doçaria. Nesta casa, fabricam-se há mais de 80 anos e a “receita é a mesma desde o início”, diz Nuno Correia, dono. Pela vitrina também desfilam pastéis de grão ou amêndoa torrada, areias e suspiros, entre outros doces.

As horas vão passando e a noite aproxima-se, razão para rumar ao hotel Dolce Camporeal Lisboa, cinco estrelas a poucos minutos de Torres Vedras. Aqui, cabe centena e meia de quartos, spa, campo de golfe, restaurant­es, aluguer de bicicletas, duas piscinas exteriores e uma interior, com companhia privilegia­da em redor: as serras do Socorro e da Archeira.

Nesta cidade, onde as tradições carnavales­cas remontam ao século XIX, as duas dezenas de grupos e as escolas de samba preparam-se durante todo o ano para se apresentar­em no Grande Corso Carnavales­co e no Desfile. De resto, todos os fins de semana há festa.

Dia 9 de fevereiro, uma sexta-feira, acontece a Noite da Farrapada, no centro da cidade. No dia seguinte, a partir das 22 horas, realiza-se o desfile noturno das escolas de samba; e nos dias 11 e 13 desfilam os grupos no Corso Canavalesc­o, a partir das 14.30 horas, na Avenida Sá Carneiro. A Grande Noite Mágica do Carnaval de Ovar é de segunda para terça-feira Gorda (12 para 13). Nesta “noite das noites” estarão espalhados sete palcos pela cidade: na Praça das Galinhas, Chafariz Neptuno, Jardim do Cáster, Mercado Municipal, Parque Júlio Dinis, Praça da República e Espaço Folião.

Quem quiser aproveitar a época para melhor conhecer a cidade e o concelho, não falta o que conhecer, ver e fazer. No centro, encontra-se o Museu Júlio Dinis – Uma Casa Ovarense. Foi aqui, na casa da tia Rosa, que o escritor esboçou dois dos seus livros mais populares, “As pupilas do sr. reitor” e “A morgadinha dos canaviais”. Além de dar a conhecer a vida do autor, a visita à Casa dos Campos vale por si própria, pois este é um exemplar da arquitetur­a popular de Ovar dos séculos XVII e XVIII.

Alguns metros ao lado está A Toca, restaurant­e tradiciona­l que ali se encontra, em frente à câmara, desde 1976. Há meia dúzia de anos, o espaço foi recuperado, dando novo brilho à fachada de azulejos. Às mesas chegam sabores tradiciona­is com criativida­de, como o brás de muxama de atum, o polvo panado, ovos rotos do mar ou camarão ao alho e manga.

Em frente ao mar, para se descansar da folia do centro da cidade, está o Furadouro Boutique Hotel Beach & SPA. É um ecohotel de quatro estrelas, com 24 quartos duplos e três suítes, spa, ginásio e restaurant­e.

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