CLÁSSICO
A Abarth fez 70 anos e a GQ foi conhecer a sua história.
A Abarth fez 70 anos. A casa criada pelo ex-piloto austríaco, mais tarde naturalizado italiano, Carlo Abarth distinguiu-se por transformar automóveis convencionais em autênticas feras do asfalto.
Olhando para eles, ninguém lhes daria 70 anos. Têm aquele ar jovial e rebelde, quase sempre compacto, inevitavelmente ágil e, sem dúvida, veloz. A verdade, porém, é que a Abarth já produz máquinas há 70 anos, feitos recentemente. Foi a 31 de março de 1949 que Carlo Abarth (1908-1979), um italiano que nasceu em Viena, na Áustria, fundou a emblemática marca do escorpião que tem características especiais que a distinguem das demais. A primeira dessas características é fácil de identificar: a ideia da Abarth é conseguir melhorar a performance do que já existe, daí que a sua relação com a Fiat seja umbilical. Foi principalmente sobre os modelos da Fiat que os engenheiros e técnicos da Abarth se debruçaram para deles extraírem o melhor que os automóveis tinham para oferecer. Aparentemente, a tendência de Carlo Abarth para pegar no que existia e melhorá-lo já vinha de longe. Na sua biografia, diz-se que, com apenas 10 anos, o pequeno Abarth conseguiu
superar toda a concorrência lá da rua nas corridas de carros construídos pelos miúdos procedendo a uma alteração tão simples quanto genial: envolveu as rodas do seu bólide, que eram de madeira, em cabedal, conferindo-lhes uma muito maior aderência. O que se seguiu, muitos anos mais tarde, era, portanto, fácil de prever. No início, os clássicos tubos de escape da marca acrescentavam o toque Abarth a carros que já conhecíamos, mas a marca não se ficou por aí e, com os seus métodos artesanais – no melhor dos sentidos que artesanal pode ter –, foi transformando máquinas que tinham tudo para serem normais em carros potentes e velozes. Aqui ficam quatro dos modelos mais emblemáticos da marca do escorpião.