O BÊ-Á-BÁ DO ATOR
O que diferencia um ator de uma pessoa comum?
A loucura. Um ator tem de ser louco, porque tem de estalar os dedos e ser capaz de estar num estado completamente diferente. Também tem de haver uma ausência total de preconceitos: um ator tem de ser capaz de representar qualquer coisa que se distancie dele. Também tem de ter mais confiança em si do que uma pessoa comum. E tem de ser culto, informado, para ter sempre noção do que está a representar. E tem de ser capaz de se autorrenovar: nunca pode deixar de estudar.
Que atores pões num pedestal?
Anthony Hopkins, Meryl Streep, Christoph Waltz, Eunice Muñoz, Nico [Nicolau Breyner], José Raposo.
Tens uma novela de referência?
Não vejo novelas, só faço novelas [risos]. Vejo o meu trabalho, claro, e por pesquisa vejo algumas coisas que possam estar para trás. Mas gostei muito da Avenida Brasil [telenovela da Globo]. Essa acompanhei, por acaso. A Adriana Esteves fez um “papelaço” e havia muita vida, muita genuinidade nessa novela.