GQ (Portugal)

O ESPAÇO É CURTO PARA AS CURTAS?

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“Os meus formatos preferidos são a curta e a média-metragem. Tenho muita pena que estes filmes – onde normalment­e se veem as experiênci­as mais interessan­tes e arriscadas em termos de cinema e sobretudo onde está o cinema português mais recente – não tenham, muitas vezes, a sorte que o Coelho Mau teve de estrear comercialm­ente. Se calhar, devia haver no El Corte Inglés sessões de curtas-metragens. Porque é possível que as pessoas adiram. A gente não sabe enquanto não se fizer a experiênci­a. É que além dos festivais ninguém mostra e assim o público perde o hábito de ver. Mas se é difícil estrear filmes independen­tes e curtas, aquilo que é mais difícil é conseguir que uma média-metragem tenha circuito. Estreia comercial é praticamen­te impossível e os festivais também não conseguem programar um filme de 45 minutos, porque ocupa logo metade ou mais de uma sessão de curtas. E isso é uma das coisas que mais me interessam para o futuro: fazer uma sequência de vários filmes de 45 e 50 minutos. Quero ver se ataco isso no futuro.”

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ver”, adverte Carlos Conceição.
Serpentári­o acompanha um rapaz que calcorreia uma África pós-apocalípti­ca em busca do espírito da mãe. “Não é um filme muito fácil de ver”, adverte Carlos Conceição.
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