@spencertunick 145 mil seguidores
Spencer Tunick é um artista que trabalha com o corpo despido e falou-nos sobre as suas obras.
Quando começou a trabalhar com o nu?
Em 1990, em
Nova Iorque, antes da Internet. Perguntava a pessoas que via na rua ou em cafés se queriam posar para mim, tinha negativos na carteira e mostrava-lhes.
Qual foi a sua maior sessão fotográfica?
Trabalhei com 18 mil mexicanos em Zócalo (Cidade do México), uma das maiores praças do mundo. O sol estava a nascer e eu precisava de ser rápido a capturar a minha ideia e, por isso, não pude deixar entrar 2 mil pessoas. O trabalho podia ter tido 20 mil.
Como surge o conceito das fotografias?
Sou contactado por curadores, depois visito a cidade para desenvolver a ideia. Nessa visita torno-me um superturista e estudo a história da cidade, as ruas, as estradas e a arquitetura com que as pessoas vão interagir [na fotografia].
Como lida com a censura do Instagram?
Eu compreendo que o Instagram deva banir o conteúdo pornográfico da sua plataforma, mas deve haver uma forma de permitir que os artistas publiquem a sua arte (...). Os artistas investem muito tempo a construir a sua identidade que depois é apagada por um algoritmo É extremamente triste.
Qual é a resposta ao seu trabalho?
A maioria nem consegue acreditar que aquelas pessoas se juntaram apenas para um momento de comunhão criativa. A complexidade de juntar todas aquelas pessoas é um grande feito, para as pessoas que veem a fotografia.