GQ (Portugal)

O FOTÓGRAFO DO PRINCIPE

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Durante 13 anos, foi pintor, designer, fotógrafo e diretor artístico de Prince.

No mês passado, veio a Portugal para apresentar um livro de fotografia e inaugurar uma exposição, ambos dedicados ao músico. Entre retratos e memórias, entrevistá­mos Steve Parke, com ânsias de desvelar

um pouco do homem por trás do mito. Por Beatriz Silva Pinto

“Sabes o que é interessan­te? É que vê-las neste tamanho muda um pouco a minha perspetiva. Há algumas fotografia­s que nunca vi nesta escala”, admite Steve Parke, pouco depois de ter dado a primeira volta à exposição Prince: As Never Seen Before, que foi inaugurada no mês passado em Vila Nova de Gaia. A segunda volta foi feita a passo lento, lado a lado com a GQ. E, desta vez, não foi feita em silêncio: pedimos-lhe histórias, enquanto caminhávam­os por entre 50 das fotografia­s que tirou a Prince, na já distante década de 90. Afinal, estávamos perante o homem que privou, ao longo de 13 anos, com a superestre­la musical; que lhe pintou palcos e guitarras, que lhe desenhou capas de álbuns, que até chegou a fotografá-lo sobre lençóis ao lado da mulher.

Mas comecemos pelo princípio. E parte do princípio é perceber como é que um jovem artista de 25 anos que vivia em Baltimore aterrou, no ano 1988, em Paisley Park – o complexo casa-estúdio em Chanhassen, Minneapoli­s, onde Prince vivia, ensaiava e gravava as suas obras. Podemos atribuir quota da responsabi­lidade a Levi Seacer Jr., que acabara de se tornar o novo baixista da banda do músico e que lhe mostrou algumas das pinturas fotorreali­stas de Steve. “Um dia, recebi uma chamada do manager do Prince que me perguntou se eu estaria interessad­o em pintar um set para um videoclipe dele. A minha resposta imediata foi ‘SIM!’. Nunca tinha pintado nada com aquelas dimensões, mas não ia deixar escapar a oportunida­de.” Voou até Minneapoli­s e deu de caras com a lenda. O encontro foi breve: o artista estava a preparar-se para ir para França.

“Portanto, deram-me três horas para pensar num design para o set e tê-lo aprovado por Prince. Foi o que fiz. Corri o edifício todo, observei o guarda-roupa dele e tudo o que ele estava a fazer, fiz um desenho, mostrei-lhe e ele disse ‘OK’. Depois, foi embora. E eu estava determinad­o a conseguir fazer pelo menos um terço do palco até ele voltar”, relembra. Tinha motivos para tal. Quando chegou, o set não era propriamen­te uma tela em branco. Uma outra equipa já lá tinha estado a trabalhar, mas Prince achou que eles não o estavam a fazer rápido o suficiente – e ele gostava de ver resultados. Steve teve isso em conta: para conseguir mostrar uma parcela do trabalho finalizada quando o artista estivesse de volta, fez três diretas seguidas a pintar aquele que seria o palco de Glam Slam. “Quando ele voltou, não disse nada. Não disse se estava bom, se estava mau, nada. Pensei logo: ‘Oh não, ele não gostou.’ Pouco depois, o Levi perguntou-me se ele me tinha dito algo. Eu disse que não. E ele respondeu-me: ‘Isso é bom. Continua a fazer o que estás a fazer.’” Lição número um: se houvesse silêncio, estava tudo bem. Em contrapont­o, se Prince não gostasse do que estava a ser feito, far-se-ia ouvir.

O ACASO DA FOTOGRAFIA

Não foi logo após o feito que Steve terá apontado, pela primeira vez, uma câmara a Prince. Muito antes disso, pintou-lhe palcos, pintou-lhe um baixo, pintou-lhe roupa e... pintou-lhe uma capa de um álbum, acidentalm­ente. Graffiti Bridge foi a primeira de oito capas que Parke desenhou para Prince. Chaos and Disorder, Crystal Ball e Rave Un2 the Joy Fantastic foram algumas das outras. Mas a primeira detém um lugar especial na memória do fotógrafo, por um motivo muito simples: “Foi uma surpresa.” “Naquele ponto, estava a trabalhar com o Prince e ele tinha-me falado sobre a artwork de um álbum... Mas depois mergulhou na soundtrack do Batman e já não o ia fazer. Pensei: ‘Pronto, talvez seja só isto que vou fazer para ele. Foi bom.’ Por isso, quis mostrar a outros diretores de arte aquilo de que era capaz. Então, comecei a pintar quadros e, num deles, decidi pôr lá o Prince, só porque sim. Podia ser que ele gostasse, podia ser que ele me contratass­e para fazer outro tipo de pinturas. Nunca pensei que ele usasse aquilo para capa de álbum.” Mas usou.

Essa era outra caracterís­tica de Prince: não arrumava os seus colaborado­res em caixas, dava a oportunida­de a qualquer um que quisesse sair da sua área de conforto para brilhar. Foi assim que um pintor de cenários e palcos passou a fazer o design de alguns dos seus álbuns. E foi assim que, em 1993, este mesmo se fez diretor de arte – o que o obrigou a viver uma semana por mês em Paisley Park. Daí até aos retratos fotográfic­os, foi um instante. “Um dia, estava no andar de cima, a trabalhar no meu escritório, e ele pergunta-me: ‘Já alguma vez tiraste fotografia­s?’ Eu respondi que sim, que na faculdade tirava fotos a bandas e coisas do género. ‘Já ouviste falar em câmaras digitais?’ ‘Não...’ ‘E queres tentar fotografar com uma?’ ‘Sim, claro.’” Tão simples quanto isso. Alugaram uma câmara e fez-se a primeira sessão. “Ele adorou

a ideia de poder ver as fotografia­s no computador logo a seguir... Já não tínhamos de esperar uma semana para os negativos chegarem”, lembra Steve.

Seguiram-se diversas sessões ao longo da década de 90, mais ou menos formais, dentro e fora de portas, a sós ou com a esposa da altura, Mayte Garcia.

“Mas como é que a dinâmica funcionava?”, questionám­o-nos. Prince era amplamente reconhecid­o pela necessidad­e de controlo quase absoluto sobre a sua imagem. Será que o mesmo se refletia aquando das sessões? Não contemos a curiosidad­e e perguntamo­s-lhe: “Mas quem é que comandava as sessões? Era o Prince ou eras tu?” “Os dois”, atira. “Na maioria das vezes ele apenas dizia: ‘Ei, vamos fazer uma sessão’ e começava a fazer coisas. Ele sabia como posar, como se virar e tudo isso. Mas, de vez em quando, também lhe dava indicações.” Já havia confiança suficiente para isso.

Na exposição, diante de um retrato de Prince com folhas outonais por trás, recorda uma das sessões que o marcaram. Foi, como a maioria delas, espontânea. E foi feita num arvoredo perto de Paisley Park. Fala-nos das duas horas que passaram imersos na natureza, do silêncio apaziguado­r e de ver (visão rara, esta) um Prince não hiperativo, relaxado, focado apenas no momento. Corria o ano 1999 e já se conheciam os dois há mais de uma década.

A ARTE DE NÃO OUVIR “NÃOS”

Sobre o grau de exigência elevado, o perfeccion­ismo e o temperamen­to difícil comummente atribuídos a Prince, Parke não se alonga muito. Tudo isto é, no entanto, descrito nas entrelinha­s: “Quando comecei a trabalhar com ele, estava a trabalhar entre 100 e 120 horas por semana. Mas a verdade é que se eu passava muito tempo acordado, sabia que ele estava a passar ainda mais. Se eu estava lá 100 horas, ele estava lá 200, se isso é possível, sequer. Ele passava a vida a criar.” “Era como o Willy Wonka e a Fábrica de Chocolate. Ele era o Willy Wonka e todos nós trabalháva­mos na fábrica”, conclui, entre risos.

No percurso criativo e na ânsia de “fazer sempre melhor do que tinha acabado de fazer e melhor do que todos os outros estavam a fazer”, não havia “não” que se lhe metesse no caminho – aliás, este é um dos vocábulos a que Prince nunca se habituou a ouvir. E como é que o nosso entrevista­do lidava com isso? “Sempre que ele perguntava ‘Podemos fazer isto?’, eu respondia: ‘Sim! Mas... Isso vai exigir isto, isto e isto.’ E, às vezes, quando lhe explicavas o que era preciso, ele esquecia a ideia. Davas-lhe a oportunida­de de decidir que não, no fundo.”

Mas nem sempre corria como planeado. E nem sempre havia vontade de resistir às ideias megalómana­s do “príncipe”. Porquê? Porque ele sabia seduzir. Se, ao início, encontrava uma plateia reticente perante o seu projeto, no fim, saía da sala com ela conquistad­a. “E, assim que ele saía, apercebias-te realmente do que tinhas aceitado e de que aquilo não ia funcionar!”, confessa, rindo-se.

No entanto, com Steve, a estratégia de sedução adotada era particular­mente musical. “Ele sabia que eu gostava de música, nós ouvíamos discos juntos. E se ele estava feliz com o que eu estava a fazer, dizia-me para descer até aos estúdios. Eu entrava e ele falava comigo enquanto estava a gravar a linha da guitarra, por exemplo... E perguntava-me: ‘O que é que achas disto?’ Para mim isso era do outro mundo! Ele descobria aquilo de que tu gostavas e partilhava-o contigo. E tu assimilava­s: se eu fizer um bom trabalho, é isto que acontece.”

Ambos os criativos partilhava­m o amor por Earth, Wind & Fire, Stevie Wonder, Return to Forever, Weather Report. No que toca a artistas contemporâ­neos, a coisa complicava-se, revela Parke: “Se era uma banda atual, ele tinha de ser melhor que ela. Eu não pensava do mesmo modo, claro. Então levava um disco, ele ouvia e perguntava: ‘Quem são?’ Eu dizia-lhe e ele ficava do tipo: ‘Hmm, está bem.’”

Mas havia exceções. “Por exemplo, mostrei-lhe os No Doubt e ele gostou muito. E quando eles vieram à cidade até fomos vê-los juntos.” A noite acabaria em Paisley Park com uma jam session de hora e meia com Prince, Gwen Stefani, o baixista e o baterista dos No Doubt. “Eu era a única pessoa que não era um músico e que estava na sala”, relembra, ainda com reminiscên­cias de entusiasmo.

CORTAR LAÇOS

Não havia dúvidas: ao fim de 13 anos, estavam mais próximos. Mas, ao fim de 13 anos, tudo se complicou: “Era cada vez mais difícil para mim manter um horário. O meu filho nasceu e eu senti que tinha de fazer uma escolha. Era impossível continuar a trabalhar para ele e criar o meu filho como eu queria.” Steve acabou por se despedir. Diz-nos que Prince não reagiu muito bem, que não ficou pacificado com a decisão. Ainda assim, a equipa do músico tentou manter o contacto. “Ligavam-me a pedir, por exemplo, para ir a Nova Iorque e fazer uma sessão fotográfic­a de dois ou três dias. Mas eu sabia que não era assim que funcionava com ele. Dois dias transforma­vam-se em duas semanas.”

“Ele passava a vida a criar. Era como o Willy Wonka e a Fábrica de Chocolate. Ele era o

Willy Wonka e todos nós trabalháva­mos na fábrica”

E, na altura, Parke estava focado em arranjar e manter um novo emprego – coisa que não foi fácil. Por ter trabalhado com Prince, as pessoas achavam que não teriam orçamento para o contratar ou simplesmen­te que, “depois de ter estado no topo”, ele não aceitaria um trabalho qualquer.

Não foi fácil, mas não se arrepende da decisão. “Ele ainda me contactou para trabalhar na capa do Lotusflow3­r. Colaborámo­s, mas foi tudo feito por email. Um dia, recebi esta chamada: ‘O Prince quer que vás à Califórnia.’ Na altura, tinha outros trabalhos que me impediam de ir. E eu sabia que se fosse, ia acabar a ficar sentado, à espera.” Não foi mesmo e o trabalho foi passado a outra pessoa. “A parte engraçada é que o tipo que acabou por ir a Los Angeles, ligou-me a dizer: ‘Já estou aqui há uma semana e o Prince ainda não apareceu. É normal?’ E eu disse ‘Sim, pode ser’”, recorda, rindo-se. Mas, sem dar tempo para comentário­s, salta em defesa do músico, que nunca deixou de ser seu ídolo: “Não era por mal. Ele estava sempre tão ocupado, havia sempre tanta coisa a acontecer que ele acabava por se distrair...”

Com ou sem atrasos, não deixa de realçar o trabalhado­r ávido que Prince era. “A principal ideia errada que as pessoas têm de Prince é aquela que têm da maioria das estrelas de rock – que elas festejam muito e não trabalham arduamente. Mas quando tu sobes ao palco, fazes algo muito bem e parece fácil... Isso é porque houve muito, muito trabalho por trás. Para ele chegar àquele nível de performanc­e e àquele nível atlético, com os saltos no ar e as espargatas, trabalhou mesmo muito.”

A maior das lições que retirou da colaboraçã­o com o músico multifacet­ado liga-se a isto mesmo: “Nada é impossível, se realmente o quiseres fazer.” “Ele fazia coisas como mudar o nome dele para um símbolo. E tu pensavas: ‘Quem é que faz isso?!’ E, de repente, os media começavam a usar o símbolo. Ninguém imaginava que fosse possível”, evoca, recuando até 1993, quando, a meio de uma disputa contratual com a Warner Bros., Prince mudou o nome artístico para um símbolo impronunci­ável, que cruzava os símbolos do género feminino e masculino. “Se ele queria uma coisa, ele fazia-a. E isso inspirava-te. Percebias que se realmente quisesses algo e se trabalhass­es o suficiente para o atingir, podias consegui-lo”, acrescenta.

ASSIM NASCE

UM LIVRO

Steve não era amigo íntimo ou confidente de Prince – nem tenta passar-se por tal. Prince era o chefe, ele o empregado. E o artista era, como já se sabe, particular­mente reservado. “Muitas pessoas trabalhava­m lá [em Paisley Park], mas ele nem sempre se envolvia com elas. Mas, com o tempo, acho que acabou por se desenvolve­r uma boa amizade entre nós. Falávamos de coisas pessoais e assim.” Coisas tão pessoais como o nome que Steve daria ao filho prestes a nascer. Este é, aliás, um dos momentos narrados no livro Picturing Prince: An Intimate Portrait, que o fotógrafo apresentou no Arrábida Shopping, em Vila Nova de Gaia, no mesmo dia em que conversou connosco.

O livro, editado em 2017 pela Cassell, intercala fotografia­s com pequenas histórias, também da autoria de Steve, sobre o homem por trás da pose, da indumentár­ia, da maquilhage­m. “Depois de ele ter morrido [em 2016], partilhei algumas histórias no Facebook e as pessoas diziam-me: ‘Tens de fazer um livro, tens de fazer um livro.’ Mas eu não queria. Em parte, porque não queria desenterra­r aquilo tudo, porque era algo realmente difícil de fazer. Exigia que pensasse muito sobre a natureza da minha relação com ele, ia mexer com muitos sentimento­s. E, depois, saber que ele já não estava aqui... Era difícil”, explica. “Mas eu comecei por ser um grande fã do Prince e, com um livro destes, é quase como se levasse qualquer outro fã numa viagem ao mundo dele. Porque está escrito nessa perspetiva. E senti que isso podia ajudar [a superar a perda], de alguma forma...”

Acreditamo­s que sim. Folheámos o livro, parámos para ler alguns dos breves contos narrados por Steve, alguns anedóticos, alguns comoventes. De algum modo, através de outrem, sentámo-nos a ouvir Stevie Wonder lado a lado com Prince e confirmamo­s-lhe ou refutamos-lhe idiossincr­asias. Não é pouco, para o espectador que sempre se habituou às raras projeções públicas de intimidade do artista. Como escreve a cantora Sheila E. na introdução do livro de Parke: “Prince era um enigma para o público, talvez um dos maiores da História Moderna.” Não é esta exposição ou este livro que o desvendam. E duvidamos que a autobiogra­fia inacabada The Beautiful Ones, que acaba de ser editada pela Random House, o fará. Afinal, há Homens que se fazem mitos.

“Ligavam-me a pedir, por exemplo, para ir a Nova Iorque e fazer uma sessão fotográfic­a de dois ou três dias. Mas eu sabia que não era assim que funcionava com ele. Dois dias transforma­vam-se em duas semanas”

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A exposição Prince: As Never Seen Before resulta de uma colaboraçã­o entre o Arrábida Shopping e a Iconic Images e vai estar patente naquele centro comercial em Vila Nova de Gaia até 2 de novembro. A curadoria – feita a partir do conjunto de fotografia­s presentes no livro Picturing Prince: An Intimate Portrait, de Steve Parke – coube a Cristina Fisac, crítica de arte, e à fadista Ana Moura, amiga de Prince.
50 VEZES PRINCE A exposição Prince: As Never Seen Before resulta de uma colaboraçã­o entre o Arrábida Shopping e a Iconic Images e vai estar patente naquele centro comercial em Vila Nova de Gaia até 2 de novembro. A curadoria – feita a partir do conjunto de fotografia­s presentes no livro Picturing Prince: An Intimate Portrait, de Steve Parke – coube a Cristina Fisac, crítica de arte, e à fadista Ana Moura, amiga de Prince.
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Steve Parke, diante deste retrato de 1995.
“Ele tinha acabado de receber esta nova guitarra e queria mesmo exibi-la, porque era novinha em folha, tinha a forma do símbolo que ele criou... Vê bem o olhar que ele te manda: tenso, sensual...”, comenta Steve Parke, diante deste retrato de 1995.
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“É uma das únicas fotos que tenho com ele”, admite entre risos: “As pessoas perguntam-me: ‘Porque é que não tiraste nenhuma selfie com ele?’ Porque não tínhamos telemóveis! Tínhamos câmaras grandes e pesadas.”
“Estávamos na casa dele em Marbella e ele estava a tratar do cabelo e da maquilhage­m para as sessões fotográfic­as. Eu apareço aqui, este é o meu ombro”, conta-nos, apontando para aquele pequeno pedaço branco que encontramo­s na fotografia à esquerda. “É uma das únicas fotos que tenho com ele”, admite entre risos: “As pessoas perguntam-me: ‘Porque é que não tiraste nenhuma selfie com ele?’ Porque não tínhamos telemóveis! Tínhamos câmaras grandes e pesadas.”
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novelas gráficas e livros infantis.
Prince até pode ter sido o primeiro, mas não foi o último na lista de músicos com que Steve Parke colaborou. David Bowie, Bon Jovi, Bob Dylan, AC/DC e The Family foram outros. Paralelame­nte, desenvolve­u novelas gráficas e livros infantis.

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