HARLEY DAVIDSON
Esta é a história da rivalidade entre as duas gigantes americanas do motociclismo.
Entretanto, a América estava (e continuou) caída de amores pelas suas Harleys. E isso vê-se. Relembremos a máquina conduzida por Chino (Lee Marvin) n’O Selvagem (1953); o Terminator a bordo da sua 1990 Fat Boy no Exterminador Implacável 2: O Dia do Julgamento (1991); a moto apelidada Grace, conduzida por Butch, em Pulp Fiction (1994); e – a aparição mais memorável de todas – Peter Fonda e Dennis Hooper em cima das suas choppers em Easy Rider (1969).
O regresso
O século virou e a história da Indian, também. No fim dos anos 90, produzem-se modelos exclusivos, em 2003 dá-se uma nova falência e, após umas quantas trocas e baldrocas na gestão, a Indian é finalmente vendida à Polaris Industries em 2011.
Tal como aconteceu várias décadas antes, as duas gigantes do motociclismo voltam a ser rivais, com o mercado das motos pesadas em jogo. No fim de 2013, a recém-ressuscitada Indian Motorcycle
Company apresenta as suas primeiras três novas propostas: a Classic, a Vintage e a Chieftan, modelos que foram muito bem-recebidos e aos quais foram atribuídas críticas excecionais. Ainda chegaria a luxuosa Roadmaster, a discreta Dark Horse e a leve e acessível Scout Sixty, uma piscadela de olho às Street 500 e 750 da Harley-Davidson.
É certo que, até à data, a Harley ainda é um Golias perante a renascida Indian. Mas já se veem sinais de mudança: no mês passado, ambas as marcas divulgaram os resultados do seu terceiro trimeste que mostram que a Indian conquistou mais uma pequena fatia do mercado dominado pela Harley. E temos uma boa-nova: a Indian anunciou um novo motor chamado PowerPlus, o mais potente até à data, que fará parte da nova moto Indian Challenger. Com isto, o “David” assume-se empenhado em agitar as águas do mercado dos pesos pesados dominado pela Harley há 50 anos. Que assim seja – um século depois, a boa rivalidade continua.