OUSAR PARA VENCER
Beauden Barrett é um jogador de râguebi profissional e uma das estrelas da seleção da Nova Zelândia. Numa altura em que os All Blacks disputam o Campeonato do Mundo da modalidade, no Japão, este embaixador da Tudor fez uma pequena pausa para nos falar um pouco sobre ele, sobre râguebi e até sobre a paixão pelos relógios.
Qualquer adepto de râguebi conhece o nome dele. Antes de mais, o nome de família, Barrett, o apelido que, nos anos recentes, esteve presente em não menos do que quatro camisolas negras da seleção da Nova Zelândia. Sim, Beauden é, juntamente com Jordie, Kane e Scott, um dos quatro irmãos Barrett que jogam ou jogaram pelos All Blacks. Mas Beauden é mais do que o seu apelido: é um dos melhores jogadores da atualidade – os dois prémios de Melhor Jogador Mundial do Ano consecutivos (2016 e 2017), mais a nomeação para o mesmo prémio em 2018, atestam esta afirmação.
Beauden Barrett começou pelo râguebi de sete e alinhou nas camadas jovens das seleções neozelandesas. O seu percurso foi consistente e a maneira como deu nas vistas terá sido lógica: é um talento nato e isso explica com simplicidade a sua estreia como internacional logo aos 19 anos. Crescer numa família de jogadores de râguebi tê-lo-á ajudado a aperfeiçoar as suas aptidões naturais. Porém, afirma que não sentia diferença entre a sua família e as outras famílias que conhece, excetuando, talvez, a qualidade com que, em miúdos, ele, os irmãos e os primos disputavam as partidas de râguebi no quintal.
Quando é que percebeste que querias ser um jogador profissional de râguebi?
Em 2010, tinha eu 18 anos, então, tive a felicidade de receber uma proposta de contrato para Rugby Sevens do Gordon Tietjens [antigo selecionador nacional da Nova Zelândia de râguebi de sete; atualmente, Tietjens é o treinador principal de Sevens da equipa nacional de Samoa]. Foi uma decisão fácil [ter aceitado] e uma daquelas que me deram a oportunidade de me pôr à prova a um nível internacional.
E como é que é crescer num ambiente familiar em que praticamente todos os teus irmãos são jogadores de râguebi ao mais alto nível?
Para mim, foi normal, não sentíamos que éramos, de modo algum, diferentes das outras famílias, naquela altura. Se bem que, olhando para trás e agora que falas nisso, é bem verdade que fazíamos uns belos jogos de râguebi no quintal, eu com os meus irmãos e os meus primos.
Quais são as tuas expectativas em relação ao Campeonato do Mundo de Rugby, que estão, neste momento, a disputar?
Conto que joguemos um râguebi de elevadíssima qualidade, com um padrão muito lá em cima, algo que inspire e, ao mesmo tempo, que entretenha as pessoas. Se conseguirmos fazê-lo, acredito que estejamos a fazer o suficiente para ganharmos. Isto vai exigir muito trabalho duro, não vai ser tarefa fácil. Mas é assim mesmo que tem de ser.
Quem são os adversários que vocês, os All Blacks, mais temem?
Não tememos ninguém em particular. Isto não significa que não exista um determinado número de equipas que possam estar num daqueles seus dias, caso nós não estejamos à altura ao nível de mentalidade.
Vocês acreditam mesmo que o haka que vocês executam antes das partidas tem algum efeito psicológico nos vossos adversários?
Acredito que pode variar consoante a equipa ou até mesmo o povo. Mas o nosso foco não é em como é que eles reagem, nós concentramo-nos em nós mesmos e em estarmos ligados, conectados.
Falando de relojoaria: quando é que te tornaste um apreciador de relógios? Assim que recebi o meu primeiro Black Bay e me familiarizei com a Tudor, a minha paixão pelos relógios cresceu imediatamente. Acresce que aprender a história da marca e os seus métodos de conceber e fabricar movimentos é, de facto, impressionante.
Born to Dare [“nascido para ousar” é uma das traduções possíveis, outra será “nascido para desafiar”, ou ainda “para se atrever”] é o lema da Tudor, de quem és embaixador, bem como os All Blacks. De que modo tu e os teus companheiros de equipa são influenciados por esse espírito ousado e desafiador?
Todos os dias somos encorajados a desafiarmo-nos, a dar mais de nós, a esticar os nossos limites, muitas vezes fora da nossa zona de conforto. Seja treinando com mais afinco e mais dureza, seja desafiando a paleta de técnicas e de capacidades, ou mesmo sendo vulneráveis fora do campo, há uma diversidade de maneiras de mostrarmos esse espírito.