GQ (Portugal)

A REDE SOCIAL DE DARWIN

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Pedro Fonseca argumenta que, apesar da importânci­a da sua viagem a bordo do Beagle, o que foi realmente fundamenta­l para a construção da teoria de Darwin foi a quantidade de evidência empírica que ele ia reunindo através da sua rede de contactos, de onde não chegavam só cartas, mas jornais e revistas científica­s de todo o mundo, sementes e até ossos de pombo: “No seu escritório, Darwin tinha um espelho adaptado como retrovisor, para ver quando é que o carteiro chegava. Ele passava os dias dele a correspond­er-se com mais de dois mil biólogos, criadores, agricultor­es, agrónomos de todo o mundo. O que ele fez de forma genial foi reunir um grande conjunto de suporte científico e empírico para as teorias que apresentou. E conseguiu-o através deste trabalho em rede, que para altura era uma coisa extraordin­ária, porque não havia redes sociais digitais. Mas ele tinha uma rede social!”

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