O PERPÉTUO
Era de Leonardo da Vinci o sonho de um relógio perpétuo, mas foi o próprio que definiu esse objetivo como uma quimera que desafiava as leis da Física. Na teoria, movimento perpétuo é aquele que gera a sua própria energia, permitindo-lhe funcionar durante tempo ilimitado. Foi o Atmos, desenvolvido pela Jaeger-LeCoultre, especialista em micromecânica, que chegou mais perto do infinito. Este mecanismo alimenta-se do ar – das variações atmosféricas, daí o nome Atmos – através de uma cápsula hermética que contém uma mistura de gases que se expandem e contraem, como um fole de acordeão, de acordo com a temperatura. Quando muda de dimensão, a cápsula puxa uma corrente que dá corda ao relógio e uma variação de apenas um grau (numa temperatura entre 15 e 30 graus Celsius) traduz-se numa autonomia de dois dias.