A águia dos Alpes
A CHOPARD PEGOU NUM SEU MODELO CLÁSSICO, O ST. MORITZ, E REINVENTOU-O. O RESULTADO ESTÁ À VISTA, CHAMA-SE ALPINE EAGLE E TRAZ UMA MENSAGEM AMBIENTALISTA.
AChopard é uma casa com um ADN distinto. Desde 1963 que os Scheufele gerem os destinos da família – família é mesmo a palavra correta. Primeiro, foi Karl Scheufele a liderar e a apontar o caminho a seguir. Seguiu-se-lhe o filho, Karl-Friedrich, que é o atual timoneiro da casa. Na sua peugada vem já o filho, Karl-Fritz. Falámos com Karl-Friedrich acerca deste novo
Alpine Eagle, que recria o clássico desportivo-chique St. Moritz, e foi o próprio a garantir-nos que Karl-Fritz teve um papel preponderante nesta reinvenção. O Alpine Eagle é descrito, por vezes, como uma reinterpretação do
St. Moritz, um clássico da Chopard. Esta descrição é rigorosa? O St. Moritz foi feito manualmente a partir do conceito lendário do arquiteto norte-americano Louis Sullivan de que a forma depende da função. Com o Alpine Eagle também sucede o mesmo. Remodelar um ícone é uma tarefa ainda mais difícil do que inventar, criar de raiz. Ao mesmo tempo que deve preservar a herança do nosso passado, o design deste relógio tem de levar em conta a inspiração contemporânea.
Assim sendo, de onde surgiu a ideia de conceber, de novo, um
clássico como este? Há cerca de quatro anos, o meu filho Karl-Fritz encontrou um St. Moritz na minha secretária e começou a usá-lo. Foi então que começou a tentar convencer-me a editar – ou a reeditar – um relógio desportivo semelhante ao
St. Moritz. Devo confessar que, inicialmente, não fiquei muito convencido, mas ele foi insistindo, insistindo, tal como eu fiz há muitos anos com o meu pai. E, agora, tenho de admitir que se enquadra muito bem no seu tempo, que é o de hoje.
Porque é que decidiram renomeá-lo de St. Moritz para Alpine Eagle, em vez de manterem o nome original? Quando criámos o nosso primeiro relógio de estilo chique-desportivo, em 1980, a Chopard decidiu tratar o aço como se fosse ouro. Foi uma opção inovadora, que incorporava a arte de viver aqueles anos dourados fundida com uma mistura subtil de elegância e descontração. No caso do Alpine Eagle, a inspiração veio do excecional cenário dos Alpes suíços e da natureza. O mostrador texturado a evocar a íris da águia; os ponteiros das horas e dos minutos inspirados nas penas da ave de rapina, os diferentes tons do mostrador que refletem as nuances das altitudes dos Alpes... Enquanto amante da natureza, interesso-me bastante pela região alpina e pelo impacto que as alterações climáticas têm na flora e na fauna. O relógio Alpine Eagle pode ser um poderoso embaixador desta mensagem.
De que modo é que o Alpine Eagle está relacionado com o trabalho desenvolvido pela fundação Eagle Wings? Eu já há 20 anos estive envolvido com a Alp Action Foundation, iniciada pelo príncipe Sadruddin Aga Khan, juntamente com quem conduzi um projeto anual nos Alpes, nomeadamente nos Alpes berneses. No entanto, esse projeto morreu com ele [o príncipe Sadruddin Aga Khan morreu em 2003] e eu prometi a mim próprio dar-lhe continuidade, de uma forma ou doutra, não só porque eu lhe era muito próximo, mas porque adoro as montanhas onde gosto de esquiar durante o inverno. Explorámos [na Chopard] possibilidades e abraçámos a visão da fundação Eagle Wings, que vai muito para além do pássaro, em si, para poder chamar a atenção para o maravilhoso ambiente alpino, que exige cuidados urgentes. O lançamento da coleção Alpine Eagle foi o momento ideal para apresentar esta fundação. E de que modo os Alpes – e os elementos naturais, de um modo geral – o inspiram eà própria Chopard? Os Alpes suíços são o lugar onde toda a família recarrega baterias, procura e encontra inspiração. É também o sítio onde satisfaço a minha paixão pelo esqui. Como sabe, na Chopard a criatividade também se alimenta da paixão dos membros da família, que inspira as nossas criações.
“No caso do
Alpine Eagle, a inspiração veio do excecional cenário dos Alpes suíços”