GQ (Portugal)

O MUNDO ENCANTADO DOS BRINQUEDOS

Ler este artigo não conta como preliminar­es.

- Por Ana Saldanha

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A BRINCAR A BRINCAR

O autor de 2001: Uma Odisseia no Espaço, Arthur C. Clarke, disse que “qualquer tecnologia suficiente­mente avançada é indistingu­ível da magia”. Mas não é preciso pensar em cenários futuristas para perceber que os brinquedos sexuais estão a desbravar caminhos e a abrir portas – dos quartos.

A primeira regra sobre o mundo dos brinquedos sexuais é que devemos mesmo falar deles – sim, esqueça o Clube de Combate. A segunda é que não deixam ninguém de fora e que a ideia de que os sex toys são só para mulheres está mais que ultrapassa­da. Engana-se quem pensa que o vibrador de forma fálica e cor fluorescen­te não evoluiu. O brinquedo sexual dos tempos modernos faz cara feia às conceções de género, até porque, na sua génese, tanto os corpos masculinos como femininos têm terminaçõe­s nervosas que respondem a estimulaçõ­es como vibração e toque.

No século XIX, quase todas as respeitada­s publicaçõe­s americanas tinham publicidad­e a brinquedos sexuais, desde que fossem apontados como instrument­os de beleza ou medicina e o primeiro registo da sua produção em massa data de 1800 – depois de desenvolvi­mentos na indústria

O CONSULTÓRI­O

Para começar a sexóloga Vânia aconselha “Podemos começar pelos cremes de massagem percorrend­o o corpo e todas as suas zonas de prazer podemos optar por estimulado­res externos ou para penetração Devemos investir num lubrifican­te para evitar qualquer desconfort­o É importante que exploremos as potenciali­dades de todos os brinquedos Os homens podem investir nos anéis penianos nos lubrifican­tes as mulheres têm vários estimulado­res externos internos até produtos que podem melhorar a musculatur­a vaginal como são exemplo as bolinhas vaginais ”

da borracha que permitiam que aguentasse altas temperatur­as sem partir ou secar. No entanto, a história conta que ficámos mais tímidos em relação aos sex toys.

“Nas últimas décadas assistimos a muitas mudanças com as mulheres a chamarem a si o prazer e o direito à satisfação… Os homens deixaram de se preocupar apenas consigo e, numa relação heterossex­ual, querem saber mais sobre a forma de proporcion­ar mais prazer. Isto há alguns anos isso era impensável”, conta-nos a sexóloga Vânia Beliz.

E o facto de haver mais mulheres a entrar no design de brinquedos sexuais também tem consequênc­ias. Olhemos para a Dame, e empresa criada por uma sexóloga e uma engenheira, que é autora do Eva II, um brinquedo para usar no clitóris durante a penetração, pondo no mesmo patamar o prazer masculino e feminino.

“A partilha é cada vez maior. Os estimulado­res, assim como os restantes produtos – cremes, óleos, lubrifican­tes – têm cada vez mais como objetivo o casal em todas as suas configuraç­ões. Hoje os brinquedos e a cosmética erótica são vistos como aliados promotores de melhor intimidade”, explica Vânia.

O BICHO PAPÃO

As mulheres podem ter-se estreado no behind the scenes recentemen­te, no entanto, já de há muito são as mais aventureir­as no que toca a explorar a sua sexualidad­e a solo e em casal com a ajuda de brinquedos sexuais. “Alguns homens muitas vezes sentem-se intimidado­s com a aquisição de alguns estimulado­res… ciúmes dizem elas [risos]”, confessa Vânia.

Mas não há razão para ter medo de um brinquedo, especialme­nte porque, por mais que nos esforcemos, nem homens nem mulheres conseguira­m ainda desenvolve­r um modo vibratório. Se existe a possibilid­ade de diversific­ar as sensações no quarto, why not? “Quebrar a rotina é muito importante e sem dúvida que o brinquedo certo pode fazer muita diferença. Existem formas de estimulaçã­o que só são possíveis com recurso a alguns objetos – o uso de vibradores, por exemplo, pode diminuir as queixas tão frequentes na penetração”, explica a especialis­ta.

Esperamos que o guia da página anterior lhe tenha dado ideias – e, quem sabe, vontade de acrescenta­r alguns itens à wishlist –, mas Vânia deixa o aviso de que os brinquedos não são milagres e que um dos receios mais comuns é defraudar expectativ­as. Também é importante que em momento algum possam ser vistos como uma forma de substituir o parceiro ou a relação. Devem, sim, ser vistos como um complement­o na vida sexual.

“Os brinquedos devem ir ao encontro dos objetivos que queremos alcançar. E existem para todos os gostos. Já não há desculpa para não os experiment­armos”, afirma Vânia. A embaixador­a pela educação sexual e pelo prazer deixa ainda um conselho: “A sexualidad­e tem de ser saudável e gratifican­te. Não repetirmos experiênci­as de que não gostamos.”

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