GTS, BY PORSCHE
Imagine o leitor que, um dia, chega ao trabalho e lhe dizem “vais ter de ir para o Estoril experimentar um Porsche”. Pois é, aconteceu connosco. Só que, em vez de um, foram três Porsche, os três novos modelos GTS: o Macan e os “gémeos” 718 Boxster 4.0 e 718 Cayman 4.0.
Comecemos pelo Macan. Menos exuberante do que os outros dois, tem uma característica extraordinária, que é não apresentar defeitos ou pontos fracos. Quer seja em estrada, mesmo com asfalto em mau estado e com curvas apertadas, quer seja em off-road – e o modo off-road de que dispõe faz uma diferença notória –, comporta-se com classe e sem merecer reparos. Exceto num pequeno detalhe: o som do sinal de pisca. É demasiado alto. Pronto, é este o ponto mais fraco detetado. Agora, os 718 desportivos de estrada. Boxster 4.0 e Cayman 4.0 têm motorizações em tudo idênticas. Talvez os 400 cavalos de potência sejam o que primeiro salta à vista – à vista e ao ouvido, principalmente quando, no Boxster, premimos o botão que aumenta o som do motor (sim, nós fizemo-lo, gerou sorrisos de felicidade; sim, é pura vaidade). Em ambos os casos, a velocidade máxima é de 293 km/h, mas só com o Cayman nos aproximámos, ainda que remotamente, dessa marca. Em estrada, o Boxster encantou por vários motivos, nomeadamente pela sua versão cabriolé permitir um conforto inesperado num dia extremamente ventoso e em lugares tão inóspitos quanto o Guincho ou o Cabo da Roca. Voltando aos 200 e muitos à hora, o Cayman chegou a, pelo menos, 220 km/h na reta da meta do Autódromo Fernanda Pires da Silva. É verdade. No mítico circuito do Estoril, conseguimos completar a 3.ª volta em 2 minutos e 17 segundos – ficámos a apenas 53 segundos do tempo que Damon Hill conseguiu para conquistar a pole position da última vez que a Fórmula 1 passou por Portugal. Uma gestão eficiente do combustível, resposta imediata e emissões mínimas.