A ascensão de Ocasio-Cortez
Um dos novos rostos da política norte americana que ganhou fama mundial é Alexandra Ocasio Cortez A jovem congressista é aos anos uma das mulheres mais adoradas e ao mesmo tempo odiadas dos Estados Unidos Odiada claro está por Donald Trump e pelo establishment republicano A ascensão de AOC como também é resumidamente conhecida vale bem um filme Que até já foi feito Mulheres que Desafiaram o Congresso pode ser visto na Netflix e conta a história não só de Ocasio Cortez como de outras mulheres que tentaram conquistar um lugar no Congresso nas eleições intercalares de feito que só a jovem nova iorquina viria a conseguir
E a eleição de AOC foi tudo menos fácil Concorria para o lugar de representante do º distrito do estado de Nova
Iorque que inclui partes de Queens e do Bronx onde para as primárias do Partido Democrata concorria contra Joe Crowley o congressista em quem toda a gente votava desde
E foi a soberba de Crowley visível quando enviou uma representante para um debate público com AOC mais o ativismo e a campanha moderna da jovem política/ empregada de mesa em Manhattam que ditaram a vitória surpreendente de Alexandra Ocasio Cortez que aos anos se tornou a mais jovem mulher a ser eleita para o Congresso dos Estados Unidos
Desde então as suas políticas abertamente socialistas termo que ainda faz confusão à maioria dos norte americanos do ambiente à imigração passando pelos impostos defende que quem tenha rendimentos anuais acima de milhões de dólares pague até % de imposto têm lhe valido o ódio dos republicanos e de Donald Trump que a incluiu no grupo de congressistas com Ilhan Omar Ayanna Pressley e Rashida Tlaib conhecidas como The Squad que o Presidente mandou regressar aos “países de onde vieram” tendo Alexandria Ocasio Cortez por exemplo nascido no Bronx
Desde que tomou posse AOC tem respondido com segurança e elegância a todos os ataques o mais recente de um congressista republicano Ted Yoho que a chamou de “fucking bitch” E há quem se deite a adivinhar que um dia Alexandria Ocasio Cortez será presidente dos Estados Unidos Para já tem de esperar pelo menos cinco anos a idade mínima para o cargo é § anos
JACINDA ROCKS
Mesmo sem recorrer a estudos científicos, é visível o êxito obtido por várias nações no combate à pandemia. A 8 de junho, a Nova Zelândia foi declarada livre de vírus e a primeira-ministra Jacinda Ardern suspendeu todas as restrições, com a exceção dos rígidos controlos fronteiriços. E, durante quase dois meses, a covid-19 esteve longe do país da Oceania, até um novo surto de contágio comunitário chegar em agosto. Ardern não perdeu tempo nem teve dúvidas e voltou a impor o confinamento na região de Auckland, onde o surto reapareceu.
Com menos de 500 casos confirmados e um total de sete mortes, o desempenho de Taiwan, sob a presidência de Tsai Ing-wen, foi pouco menos do que excelente, tendo em conta a proximidade com a China continental. E, na Europa, a Alemanha sob o comando de Angela Merkel teve um desempenho melhor do que a maioria dos países europeus.
Jacinda Ardern e Tsai Ing-wen mostraram como a resposta rápida, sem indecisões, pode ser decisiva. Na Nova Zelândia, Ardern impôs cedo o confinamento e foi totalmente clara a explicar aos seus cidadãos o nível máximo de alerta em que colocou o país e porque o fez. Impôs um período de quarentena a quem entrava na Nova Zelândia quando havia apenas seis casos em todo o país e proibiu totalmente a entrada de estrangeiros pouco tempo depois.
A forma direta, clara e, no entanto, suave e empática de lidar com os problemas fizeram de Ardern uma verdadeira estrela à escala mundial. O primeiro teste de fogo ainda antes da pandemia bateu-lhe à porta em março de 2019, quando um atirador solitário matou 51 pessoas num ataque a duas mesquitas em Christchurch. A imagem de Jacinda Ardern no funeral das vítimas, de lenço islâmico, a consolar os familiares correu mundo. Assim como as medidas que decidiu tomar. No espaço de um mês, a líder neozelandesa conseguiu reunir o consenso nacional e banir a posse de armas semiautomáticas e de assalto. Imagine-se tal coisa a acontecer nos Estados Unidos, como fez questão de vincar o apresentador e comediante Stephen Colbert no seu especial dedicado à Nova Zelândia onde, à chegada ao aeroporto, teve boleia de… Jacinda Ardern.
EXEMPLARES
Em Taiwan, logo em janeiro, ao primeiro sinal da nova doença, Tsai Wing-wen introduziu 124 medidas para bloquear a propagação sem ter de recorrer ao confinamento, que se tornou comum em todo o mundo. A Presidente taiwanesa conseguiu o que a CNN classificou como “entre as melhores respostas do mundo” à pandemia, mantendo a doença sob controlo e, em agosto, Taiwan registava um total de 482 casos e sete mortes.
A Alemanha ainda estava em meados de agosto no top 20 mundial no número de infetados com mais de 200 mil casos, mas, num país com 83 milhões de habitantes, o que conta são os casos por milhão, onde a Alemanha se manteve em pouco mais de dois mil, metade do que em Portugal. O sistema de saúde alemão é, já se sabe, do melhor que há, mas a maneira como Angela Merkel liderou o país, com calma e assertividade, fez a diferença. Para a história dos momentos virais entrou a explicação, durante um briefing, da disseminação do vírus, dada de forma clara e pedagógica, ou não tivesse a chanceler formação em Física, com um doutoramento em química quântica.
Outras mulheres em posição de poder mostraram como se enfrenta uma situação potencialmente catastrófica com calma e empatia. Na Noruega, a primeira-ministra
Erna Solberg teve a ideia inovadora de usar a televisão para falar diretamente com as crianças, dando uma conferência de imprensa onde não era permitida a entrada de adultos. A governante norueguesa respondeu a perguntas de crianças de todo o país, explicando por que não havia problema em sentir medo. Na Islândia, o governo liderado por Katrín Jakobsdóttir fez questão de testar toda a população da ilha e, na Finlândia, a primeira-ministra Sanna Marin – aos 34 anos é a mais jovem chefe de Governo em funções ao nível mundial – utilizou o poder dos influenciadores das redes sociais para fazer passar a estratégia de combate à pandemia. Que algum dia servissem para alguma coisa de realmente útil…
“A mulher será verdadeiramente igual ao homem no dia em que, para uma posição importante, seja escolhida uma mulher incompetente”, disse há 45 anos Françoise Giraud, na altura secretária de Estado para os direitos das mulheres em França e que viria a ser ministra da Cultura do governo de Valéry Giscard d’Estaing. E, naturalmente, nem todas as governantes se saíram bem no combate à pandemia. Como Sophie Wilmès, primeira-ministra da Bélgica, embora incompetência seja certamente um exagero. Mas a verdade é que a Bélgica demorou bastante tempo a controlar a pandemia e é dos países europeus com mais casos por milhão de habitantes. Wilmès sofreu ainda forte contestação por parte dos profissionais de saúde que, em maio, chegaram a virar costas à governante durante uma visita a um hospital.
A EUROPA À FRENTE
No que toca à liderança feminina, a Europa está claramente na vanguarda mundial. Não só pelo número de governantes nacionais como pelo número de mulheres à frente das mais altas instituições europeias. Ursula von der Leyen é, desde 1 de dezembro de 2019, presidente da Comissão Europeia, cargo em que sucedeu a Jean-Claude Juncker. O tempo dirá da competência e do sucesso da política alemã que foi, pelo menos, capaz de pedir desculpa em nome da Comissão a Itália pela falta de solidariedade nos primeiros tempos da pandemia.
É precisamente na Comissão Europeia que está uma das mulheres mais temidas – e odiadas – pelos gigantes mundiais da Internet, Margrethe Vestager, hoje uma das vice-presidentes da CE, foi durante cinco anos comissária europeia para a concorrência, período em que fez a vida negra a empresas como Apple, Google e Amazon pelas práticas monopolistas e pela fuga aos impostos no espaço europeu. Para a história entrou a multa de 13 mil milhões de euros que a política dinamarquesa impôs à Apple em 2016, a maior de sempre, pelos impostos que a empresa norte-americana deixou por pagar na Irlanda entre 2004 e 2014. Uma decisão que, provavelmente, foi tomada de agulhas na mão. A comissária europeia tornou-se também famosa pelo facto de, durante as reuniões do colégio de comissários, se pôr a tricotar camisolas de lã ou pequenos elefantes.
O Banco Central Europeu é, por sua vez, liderado por Christine Lagarde. E a antiga diretora-geral do Fundo Monetário Internacional fez questão de dizer, em julho, que as mulheres com responsabilidade de liderança superaram os seus colegas masculinos durante a pandemia. Como exemplo, Lagarde apontou a melhor forma de comunicar e de tomada de decisões na Alemanha, Taiwan e Nova Zelândia.
“As mulheres tendem a fazer um trabalho melhor”, disse Lagarde. “É fascinante, na verdade, quando olhamos para aqueles países que foram liderados por mulheres e o caminho que elas tomaram e as políticas que adotaram, bem como o estilo de comunicação.”