JAMES BAY O ROSTO DE IMPACT
A Tommy Hilfiger escolheu um novo embaixador, que será o rosto do perfume Impact. Fiel a si mesma, a marca optou por um músico emergente, mas cujo nome se vai tornando maior e maior: James Bay.
Nasceu em Inglaterra há 30 anos e começou a tocar guitarra porque encontrou uma lá em casa. O primeiro momento de grande sucesso chegou em 2014, com o lançamento do single Hold Back the River e, de então em diante, sucedem-se os prémios e as nomeações, além das digressões internacionais, tanto em nome próprio como fazendo os espetáculos de abertura de Hozier, Taylor Swift, Ed Sheeran e até Rolling Stones. Distinguido em 2015 como GQ Man Of The Year na área da Música pela GQ UK,
James Bay foi-se tornando progressivamente um nome cada vez mais incontornável do pop rock – com muito folk e americana à mistura – na cena internacional. Com um disco novo no horizonte, acaba de atingir mais um momento alto no seu percurso: torna-se embaixador Tommy Hilfiger e será rosto do perfume Impact.
Uau és embaixador do Impact É um grande título Sabe bem ser embaixador? Sabe muito bem. Tem sido um enorme prazer trabalhar com a equipa Tommy Hilfi
ger. Foi particularmente divertido filmar o anúncio televisivo para a campanha. Transformámos um camião enorme num palco e demos um concerto no meio da rua.
O mote desta campanha é “The doer For the men that dream and act to change” O fazedor Para os homens que sonham e agem para mudar O que é que é preciso para se ser um fazedor “the doer”? É preciso acreditares em ti próprio, mesmo quando mais ninguém acredita, é preciso ter uma vontade urgente, confiança, curiosidade, coragem, humildade e um desejo muito profundo de atingir coisas com que apenas tinhas sonhado.
Da primeira vez que atuaste em Portugal no Hard Club no Porto o público foi muito intenso É sempre assim nos teus concertos ou aquele foi mesmo especial? Genuinamente, de todos os concertos que já dei, aquele foi um dos meus favoritos. [Foi] uma das melhores audiências de sempre. Foi, realmente, uma noite especial. Estava em tournée com o Ed Sheeran a abrir concertos para ele em estádios pela Europa fora. Tocámos para cerca de mil pessoas no Hard Club; os meus concertos são, por norma, uma experiência suada, íntima e barulhenta, com montes de cantoria, mas foi particularmente especial essa noite.
Que canções causam o maior bruá na sala quando começas a tocar? Varia quase sempre. Lancei dois álbuns e quatro EPs nos últimos seis anos, portanto tens secções distintas da audiência a reagir a canções diferentes. Let It Go e Hold Back the River costumam ter muitas reações, tal como a Scars. Us e Pink Lemonade poem toda a gente a cantar e a Bad também recebe muito carinho.
Tens feito tournées tanto como cabeça de cartaz como abrindo para outros grandes nomes Consegues dizernos quais são as principais diferenças entre os dois estatutos e as duas circunstâncias? Por exemplo como cabeça de cartaz sentes mais que é uma bênção ou um fardo? Adoro ser cabeça de cartaz. É o sonho, ser o nome principal. Há mais responsabilidade porque a multidão pagou para te ver. No entanto, ser o número de abertura também é uma bela arte – podes fazê-lo bem, podes fazê-lo mal. A minha experiência diz-me que tens de conseguir atrair a audiência e fazer com que ela entre [para o concerto], ao mesmo tempo que deves conseguir que eles fiquem realmente excitados. Tens de presenteá-los com as tuas melhores canções, mas também tens de lhes dizer que partilhas com eles o carinho pelo cabeça de cartaz. Tens de fazer o que for preciso para os conquistar.
Entre a tua já longa lista de prémios e distinções tens um prémio GQ Man Of The Year que ganhaste bastante cedo na carreira Ficaste surpreendido quando te deram o prémio? Qual foi a sensação de o receber? Fiquei muito surpreendido. Foi uma grande alegria e, de facto, o prémio surgiu muito cedo na minha carreira, ainda por cima eu sou um grande fã da GQ, pelo que fiquei – e ainda hoje me sinto – muito grato por essa distinção.
Falanos um pouco do teu começo e de crescer enquanto músico Ouvi dizer que começaste a tocar com uma guitarra abandonada que só tinha cinco cordas hoje tens o teu próprio modelo de uma Epiphone Century ¡¡ Como é que isto aconteceu? Comecei com uma velha guitarra de cordas de nylon que estava essencialmente abandonada, sim. Era do meu tio, que a comprou anos antes de eu nascer, mas que nunca aprendeu a tocar e que, então, a deu ao meu pai. Só que o meu pai também nunca aprendeu a tocar. Por isso, a guitarra ficou abandonada anos a fio num quarto extra lá em casa, até eu a encontrar, quando tinha 11 anos, e ter ficado com ela. Dez anos mais tarde, foi a minha editora que ouviu falar da Epiphone Century vintage de 1966 pela qual me apaixonei em Nova Iorque. Foram à procura dela, encontraram-na e ofereceram-ma. Acabei por compor a maior parte do meu primeiro álbum nessa guitarra. Até que, mais tarde, a Epiphone me contactou a perguntar se eu não gostava de lançar uma linha com a minha assinatura, o que foi totalmente um sonho tornado realidade. Claro que eu disse que sim.
Quem foram e quem são as tuas maiores influências e fontes de inspiração? A lista é muito longa, mas aproveito esta oportunidade para mencionar uma das minhas maiores influências que, muito tristemente, nos deixou este ano. Bill Withers escreveu algumas das mais populares e mais relevantes canções dos dois últimos séculos. Lean On Me, Lovely Day, Grandma’s Hands, Ain’t No Sunshine, Use Me. A lista continua. Comprei o Bill Withers Live At Carnegie Hall quando tinha 19 anos e, desde então, tem sido uma grande inspiração para mim. Vai e compra e ouve, é incrível.
Alguns dos teus hits são duetos com cantoras Porque é que gostas tanto deste formato em particular? É muito divertido e elas são todas grandes cantoras. E simplesmente ainda não surgiu a oportunidade de fazer um dueto com um grande cantor masculino.
Electric Light foi lançado em £ Há algum disco para sair em breve? Quais são os teus planos para um futuro próximo? Sim, estou a trabalhar no meu terceiro álbum neste momento. O meu plano é lançá-lo e andar com ele em tournée pelo mundo. Vivemos um tempo estranho e incerto neste momento, no meio de todas as preocupações e precauções com o coronavírus. Mas todos temos esperança de poder regressar à normalidade das digressões em breve.