IQOS ≠ V APERS
A tecnologia de tabaco aquecido é muitas vezes vista como semelhante à dos cigarros eletrónicos. No entanto, são várias as diferenças entre as duas. Têm em comum o facto de nenhuma das formas ter combustão. São ambas vias promissoras para evitar a formação de constituintes tóxicos, logo, são uma boa alternativa aos cigarros.
Porém, o tabaco aquecido aquece tabaco; o cigarro eletrónico tem um líquido com nicotina e vaporiza esse líquido. Portanto, a principal diferença entre um IQOS e um vaper é que o primeiro contém tabaco verdadeiro que é aquecido e que liberta um aerossol [ver caixa] com nicotina; o segundo tem um líquido com nicotina que é aquecido e vaporizado, acabando por libertar também um aerossol com nicotina. “Depois, as semelhanças e diferenças vão depender do cigarro eletrónico de que estamos a falar. Enquanto um IQOS tem sempre a mesma composição e sempre o mesmo nível de nicotina – caso contrário, os estudos não seriam válidos de um produto para o outro
–, no caso dos cigarros eletrónicos tens uma parafernália no mercado”, explica Rui Minhós. “E é aqui que tu começas a entrar na situação dos Estados Unidos. Tens essencialmente dois subtipos de cigarros eletrónicos: os sistemas fechados, em que tens um cartucho que compras num retalhista e que já vem com nicotina lá dentro, encaixas no equipamento, ligas e consomes; e tens os livres, que são aqueles tanques grandes, tu compras os líquidos avulso, preparas a tua mistura em casa, misturas os sabores, adicionas mais ou menos nicotina, pões no reservatório e utilizas.” Este segundo modelo permite ao utilizador criar as suas próprias definições, mais ou menos fumo, aromas, trocar de bateria, ter temperaturas mais elevadas. Esta flexibilidade em relação ao produto dificulta o estabelecimento de parâmetros e torna fácil perceber por que motivo as autoridades de saúde criam tantos entraves aos modelos alternativos de inalação de nicotina.