A cultura é segura, está viva e precisa de público. Aproveite-a.
Em dezembro, o Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, recebe Fake. Com encenação de Miguel Fragata e elenco com nomes como Anabela Almeida, Beatriz Batarda e Sandra Faleiro, Cirila Bossuet e Isabel Abreu a pergunta “A verdade parece evidente, não?” deixa o mote para explorar a informação e a desinformação, a crença, individual e coletiva, e o preconceito.
Em Braga, há música e teatro. O Festival Para Gente Sentada – adequado ao ano em que todos os espetáculos têm lugar marcado – está de volta ao Theatro Circo, de 17 a 19 de dezembro, com nomes como Samuel Úria ou Jorge Palma. Ao mesmo palco sobe também Calígula, nos dias 9 e 10 de dezembro, com texto de Albert Camus e encenação de Manuel Guedes, que dá vida à revolta contra a injustiça da condição humana.
Durante os dois meses seguintes poderá ver também a Trilogia Dramática da Terra Espanhola, três peças que passam por três salas num miniciclo com o mesmo elenco, dando continuidade ao espetáculo como se se tratasse de uma obra contínua. Com encenação de António Pires, Yerma passa pelo Teatro do Bairro, em Lisboa, de 13 de janeiro a 7 de fevereiro. Depois é a vez de A Destruição de Sodoma, nas mesmas datas, mas ali ao lado, na Galeria Graça Brandão e, por fim, de 10 a 21 de Fevereiro, o Teatro São Luiz recebe Bodas de Sangue.
No Porto, no Rivoli, de 21 a 24 de janeiro, damos as boas-vindas antecipadas à próxima estação com Noite de Primavera, com texto e encenação de Luís Mestre. A vontade de questionar o lugar das mulheres na criação artística deu a Cátia Pinheiro o empurrão para dar vida a F…, que estará em cena nos dias 19, 20 e 21 de fevereiro no Teatro Municipal do Campo Alegre. De 11 a 20 de fevereiro, no Teatro Carlos Alberto, Tiago Rodrigues encena Catarina e a Beleza de Matar Fascistas – com a Catarina que é Sara Barros Leitão e a que a visita, que é Catarina Eufémia – num exercício em que nos afastamos da realidade só para a podermos ver melhor.