A HISTÓRIA DE UM NOME
Ao contrário do que sucede com grande parte das marcas mais prestigiadas da alta relojoaria, que muitas vezes ostentam o nome e/ou o apelido dos seus fundadores, a Rolex foi buscar a sua designação a outras paragens. Quais? As da imaginação e do marketing. Homem à frente do seu tempo nestas matérias, Hans Wilsdorf compreendeu a necessidade de criar um nome distintivo e atraente que lhe permitisse impor-se e sobressair no mercado relojoeiro. De uma maneira visionária, estabeleceu uma série de critérios para a conceção desse nome: teria de ser curto, fácil de pronunciar em qualquer idioma e também fácil de memorizar; a sonoridade teria de ser agradável; gravá-lo de forma harmoniosa tanto no mostrador como no movimento do relógio não poderia constituir problema. O próprio Hans Wilsdorf contou, por ocasião do 50.º aniversário da marca, em 1958, como chegou ao nome “Rolex”: “Tentei combinar as letras do alfabeto de todas as maneiras possíveis, porém nenhuma me parecia adequada. Até que uma manhã, estava eu numa carruagem, na altura puxada por cavalos, a passar por Cheapside, em Londres, quando um génio bom me sussurrou ao ouvido ‘Rolex’. Uns dias depois desta proveitosa viagem, a marca Rolex foi inscrita e então oficialmente registada na Suíça por Wilsdorf & Davis.” E assim, desta maneira lendária, nascia uma marca destinada a tornar-se mítica. Inicialmente, os relógios Rolex não traziam inscrito o nome da marca, uma vez que os lojistas da época inscreviam os seus nomes nos relógios que vendiam. Porém, o Sr. Wilsdorf tinha planos diferentes e insistiu para que os seus relógios carregassem a sua marca. O processo foi gradual, segundo a explicação do próprio encontrada nos seus escritos: “Primeiro, eu fiz colocar ‘Rolex’ num relógio em cada caixa de seis, esperando que passasse despercebido e fosse vendido apesar do nome. Gradualmente, ousei colocar o nome em duas peças, e depois de alguns ano em três.” Até que, um dia, em todos os seus relógios constava o nome inconfundível: Rolex.