GQ (Portugal)

Quatro décadas de Hublot

NELAS CABEM HISTÓRIA, EXPERIMENT­AÇÃO, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA. TAMBÉM CABEM GOLOS, METAS E PÓDIOS. TUDO ISTO E UMA VERSÃO COMEMORATI­VA QUE REINVENTA UM CLÁSSICO.

- POR ANA SALDANHA

Corria o ano de 1980. O mundo assistia, em novembro, à eleição de Ronald Reagan como 40.º presidente dos Estados Unidos e, em dezembro, ao assassinat­o de John Lennon. Por cá, Francisco Sá Carneiro voltava a ser eleito primeiro-ministro – um mandato tragicamen­te curto, com duração de 5 de outubro a 4 de dezembro, dia em que morreria na tragédia de Camarate – o Sporting era campeão, o Benfica ganhava a Taça de Portugal e na televisão ainda havia Telescola (um “ainda” ironicamen­te escrito no ano que marcou o seu regresso).

Mas o ano não seria marcado só com estas histórias. Na Suíça, o italiano Carlo Crocco preparava-se para lançar o que viria a ser um dos nomes grandes da relojoaria: a Hublot. O primeiro lançamento foi um relógio de ouro com bracelete de borracha – uma inovação na história da haute horlogerie que quebrou o que estava estabeleci­do como convencion­al e que marcou o que seriam os valores e a visão da marca.

A visão de Crocco pretendia preencher uma lacuna do mercado: servir os compradore­s que privilegia­vam a praticidad­e e o conforto, sem deixar de lado a robustez e o look de um relógio para qualquer ocasião; a intenção da Hublot seria harmonizar design e conforto, o que rapidament­e captaria o público que procurava um produto novo e inovador. O resultado foi a ideia – saída da imaginação do CEO Jean-Claude Biver – de combinar um material precioso como o ouro com a popular borracha, produzida nas próprias fábricas da marca. Um casamento aparenteme­nte disfuncion­al e ousado, mas que rapidament­e colocaria a Hublot no mapa.

Ainda sem saber o que viria a ser, é nesse momento que nasce a Arte da Fusão, o nome dado ainda hoje à abordagem exploratór­ia de fusão de materiais, à pesquisa e à tecnologia que são bandeiras da marca.

Por falar em bandeiras, em 2005 o Big Bang marcou a primeira de várias coleções icónicas – umas com complicaçõ­es mais simples e outras com mecanismos altamente sofisticad­os –, ditando o cresciment­o da casa no panorama da relojoaria suíça. E o que seria de esperar de uma marca cuja filosofia principal é “Be First, Different and Unique”, que não uma crescente vontade de estar à frente do seu tempo, na vanguarda das tendências e na fila da frente da inovação e tecnologia? Provas disso são a utilização de materiais como ouro à prova de riscos, cerâmica de várias cores, cristal de safira e a já mencionada borracha, assim como a criação de movimentos pioneiros como Unico, Meca-10 e Tourbillon Power Reserve 5 Days.

A história da Hublot marca também a história do desporto. Desde 2006 a marca é presença assídua em grandes eventos desportivo­s, com destaque para o futebol (sendo até a primeira marca de Alta Relojoaria a aliar-se ao desporto-rei). Partner oficial da FIFA e da UEFA, sendo a cronometri­sta oficial de todas as competiçõe­s da segunda e, ainda, da Premier League de Inglaterra; é também a marca de relógios oficial de clubes como Juventus, Chelsea, AFC Ajax e Benfica, tendo algumas grandes figuras como seus embaixador­es oficiais – entre eles Pelé, José Mourinho e Kylian Mbappé. No desporto revê-se na tenacidade, na procura pelas vitórias, pelos primeiros lugares e, acima de tudo, pela precisão, sendo um casamento quase intuitivo. Marca presença, desde 2011, em eventos de automobili­smo enquanto cronometri­sta oficial da Ferrari e de eventos como o Ferrari Challenge. A marca patrocina ainda atletas do golfe (Justin Rose e Patrick Reed), do ténis (Borna Ćorić) e do atletismo (Usain Bolt).

São 40 anos de conquistas e histórias com assinatura Hublot e, para marcar a efeméride, olhamos para trás, para 1980 e para o primeiro lançamento da marca, o Classic Original – agora em versão revisitada. Foi a bracelete de borracha que pôs no mapa o que seriam os pilares da marca e da sua visão e, por isso, o fresco e renovado Classic Fusion 40 years anniversar­y regressa este ano em versão automática e em três materiais e acabamento­s que dão uma abordagem moderna ao clássico que assinala o 40.º aniversári­o da Hublot.

“Não ficaríamos satisfeito­s com simplesmen­te relançar o Classic Original de 1980, quisemos reinterpre­tá-lo para que refletisse a Hublot de hoje. Este é um modelo automático em formato 45 mm, é uma versão contemporâ­nea que celebra a abordagem inovadora da Hublot nos últimos 40 anos”, conta Ricardo Guadalupe, CEO da Hublot. A edição limitada – colecionad­ores e aficionado­s, corram – tem apenas 500 exemplares, dos quais 100 são na versão dourada (ouro de 18 quilates), que é a que mais se aproxima do original, e as restantes em preto (cerâmica preta polida) e prateado (titânio polido). Todas as opções têm a bracelete em borracha preta suave com acabamento mate. ●

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