Dragão acorda após susto

Depois de ter surpreendido o Sporting na final da Taça de Portugal da temporada anterior (triunfo por 2-1 no Estádio Nacional, no Jamor), feito que lhe permitiu marcar, pela primeira vez, presença na decisão da Supertaça, o Aves entrou no Estádio Municipal de Aveiro com a ousadia de quem não tem nada a perder. E chegou mesmo a assustar o superfavori- to FC Porto, quando Cláu- dio Falcão inaugurou o marcador para a equipa comandada por José Mota, estavam decorri- dos apenas 14 minutos.

O dragão, que parecia ainda em pré-temporada, face ao ritmo pouco intenso que apresentou na fase inicial da partida, despertou a meio da primeira parte e chegou ao intervalo empatado, mercê de um golo apontado por Brahimi, aos 25 minutos. Na segunda metade do encontro, tudo mudou, com as diferenças de qualidade entre as duas equipas a tornarem-se mais evidentes. Os portistas arrancaram então para uma vitória incontestável, com Maxi Pereira e Corona a fecharem o resultado em 3-1.

O campeão nacional, que não vencia a Supertaça desde 2013 (3-0 frente ao V. Guimarães), reforçou a condição de grande dominador da prova, que já conquistou por 21 vezes, numa demonstração de grande superioridade sobre os principais rivais neste troféu – o Sporting contabiliza apenas 8 triunfos, enquanto o Benfica só tem 7 vitórias.

Para a história entrou também Sérgio Conceição. O técnico dos campeões nacionais, que até acabou expulso no desafio de Aveiro por protestar uma decisão do árbitro eborense Luís Godinho, entrou no restrito lote de vencedores da Supertaça de Portugal na condição de jogador e, mais tarde, de treinador, juntando-se assim a António Oliveira, Manuel Fernandes, Rui Barros e Paulo Bento.