Klopp acaba maldição
Jürgen Klopp chegava ao jogo decisivo da Liga dos Campeões sob uma espécie de maldição, com seis derrotas consecutivas em finais, três das quais pelo Liverpool. A série negra começara quando o Borussia Dortmund perdeu a final da Champions frente ao Bayern, em 2012/13. Três anos depois, na Liga Europa, Klopp, já ao leme dos reds, tropeçou no Sevilha; em
Treinador alemão conduziu o Liverpool à conquista da sexta Liga dos Campeões, após três derrotas consecutivas em finais europeias, duas das quais no comando técnico dos reds
2017/18, voltou a ser batido, desta vez pelo Real Madrid. Se a isto somarmos duas derrotas na final da Taça da Alemanha e outra na Taça da Liga inglesa, é fácil perceber a ‘má relação’ do germânico com as finais. Mas à sétima foi de vez! Klopp conduziu o Liverpool à vitória sobre o Tottenham (2-0) e à conquista da Liga dos Campeões.
Percebe-se, por isso, o misto de felicidade e emoção de Jürgen Klopp logo após a vitória frente ao Totte- nham: “Tinha perdido todas as finais até hoje. Se fosse na Ale- manha, meia hora depois do jogo já estava meio bêbedo.
Aqui, passou uma hora e meia e ainda nem uma água bebi.”
Esta foi a sexta vez que a equipa da cidade dos Beatles ganhou a mais importante competição europeia de clubes
(em nove finais disputadas), o que lhe permitiu ultrapassar
Bayern e Barcelona em número de títulos na prova milionária e entrar no top 3, atrás de Real Madrid (13 troféus ) e AC Milan (7). O Liverpool, que não vence uma liga Inglesa desde 1990, é a única equipa que nunca foi campeã nacional,desdequeexisteChampionsLeague,avencer duas vezes (2005 e 2019).
A final de Madrid – a segunda da Taça/Liga dos Campeões apenas com equipas inglesas, depois do Manchester United-Chelsea em 2007/08 – não primou pela qualidade futebolística, mas premiou uma equipa extremamente eficaz, que fez uma fase a eliminar estonteante, deixando pelo caminho Bayern, FC Porto e Barcelona, este último após uma reação fantástica: vitória por 4-0 em Anfield depois de uma derrota por 3-0 em Campo Nou.
Mohamed Salah, logo aos 2’ na marcação de um penálti – segundo golo mais rápido numa final da Champions –, e o suplente de ouro, Origi, aos 87’, deram forma ao triunfo dos reds no Wanda Metropolitano e impediram o Tottenham de erguer a sua primeira Liga dos Campeões, após as vitórias na Taça UEFA/Liga Europa de 1971/72 e 1983/84.