Blues calam gunners
Numa final 100 por cento inglesa – embora sem treinadores nem jogadores ingleses –, o azul predominou em Baku, com o Chelsea a impor-se por 4-1 frente ao Arsenal. Os blues voltaram, assim, a erguer o troféu, seis anos depois de terem vencido o Benfica na final de Amesterdão, então de forma bem mais difícil, com o golo da vitória a surgir apenas no tempo de compensação, apontado por Ivanovic.
Dessa equipa restam quatro jogadores: Azpilicueta, Cahill, David Luiz e Eden Hazard, uma das grandes figuras da partida disputada no Azerbaijão, ao marcar dois golos. Outro futebolista em plano de grande destaque foi Olivier Giroud, ex-avançadodoArsenal,queinaugurou o marcador no Estádio Olímpico com um golo de excelente execução técnica, tendo ainda papel importante nos terceiro e quarto golos.
Para Maurizio Sarri, técnico que não goza (ou não gozava...) de boa imagem junto de boa parte dos adeptos do Chelsea, este foi o primeiro título da carreira, aos 60 anos. Sarri que na véspera da final tinha abandonado o treino irritado, depois de uma altercação entre David Luiz e Higuaín.
Esta foi, de resto, uma final com várias histórias extrafutebol: desde a ausência de Mkhitaryan, uma das peçaschave do Arsenal, por motivos políticos – o jogador é arménio, país com o qual o Azerbaijão, anfitrião do jogo decisivo da Liga Europa, tem relações cortadas devido à disputa da região de NagornoKarabakh –, até aos apenas 20 mil bilhetes disponibilizados aos adeptos de Chelsea e Arsenal, num estádio com capacidade para 68 mil pessoas. Mas houve outro pormenor bastante curioso: o jogo começou às 20 horas de Portugal continental – mesmo fuso horário da Grã-Bretanha –, uma hora depois em grande parte dos restantes países europeus. Mas, no Azerbaijão, para respeitar os compromissos televisivos, o relógio já assinalava as 23 horas quando o árbitro apitou para o início da partida. Significa isto que, pela primeira vez na história das competições europeias, um jogo começou num dia e acabou apenas no seguinte.
Para os gunners, fica o amargo de terem perdido as últimas quatro finais europeias que disputaram, enquanto o seu treinador Unai Emery falhou o quarto troféu na Liga Europa, após três êxitos consecutivos ao leme do Sevilha.