Dragão saiu imune

OFC Porto saiu da mais estranha e longa época da história com a sua oitava dobradinha – ao 29.º título de campeão português juntou uma 17.ª Taça de Portugal. E, no entanto, poucos apostariam na festa final dos dragões quando, no início de fevereiro, estavam a 7 pontos do então líder Benfica (19.ª jornada). Mas a vitória (3-2) sobre os encarnados na ronda seguinte e, logo depois, os resultados negativos dos rivais na Luz, ante Sp. Braga (0-1) e Moreirense (1-1), ditaram a ultrapassagem.

Foi então que o Covid-19 entrou em cena, forçando a paragem do campeonato em março (à 24.ª jornada), com o FC Porto já a liderar com 1 ponto de vantagem sobre o Benfica. No recomeço, em junho, a dupla rival parecia ter sido das mais afetadas pela pandemia, somando resultados adversos e más exibições, só que os portistas mostraram-se imunes ao “vírus do insucesso” e reencontraram o caminho, conquistando o título e a Taça com mérito.

O obreiro deste triunfo tem um nome: Sérgio Conceição.

Com um plantel que parecia menos apetrechado do que o do rival Benfica, o certo é que o técnico dos dragões soube mais uma vez aproveitar as características dos seus jogadores e construir uma equipa sólida, fiável q.b. e, sobretudo, ambiciosa. Apostou ainda em muitos dos jovens do Olival, aqueles que, em 2019, haviam dado o título da UEFA Youth League ao FC Porto, casos de Diogo Costa, Tomás Esteves, Diogo Leite, Fábio Silva, Romário Baró, Vítor Ferreira, João Mário e Fábio Vieira.