Nas mãos de Jesus
Anovela Cavani terá, porventura, consumido demasiado tempo e esforços ao Benfica na pré-temporada, na tentativa de criar uma superequipa nunca vista em Portugal. Foram concretizados alguns negócios sonantes, é certo – foi, aliás, batido o recorde de investimento –, mas o plantel, antes do primeiro jogo da época, frente ao
PAOK, ficou aquém daquilo que os adeptos chegaram a sonhar, pelo que ficou a sensação que a grande contratação dos encarnados foi mesmo a de Jorge Jesus, que regressou à Luz com uma aura ainda mais elevada, depois do sucesso extraordinário alcançado no Brasil, ao serviço do Flamengo. Está, pois, nas mãos de Jesus voltar a dar títulos aos benfiquistas, ele que, desta vez, promete uma equipa a “jogar o triplo” e a “arrasar”. O objetivo passa não só por conquistar todas as provas em Portugal, mas, também, voltar a dar dimensão europeia ao Benfica, enfoque que tem estado arredado do clube nos últimos anos. Esta época, o paradigma voltou a mudar e a “formação” deu lugar às contrações no estrangeiro, as quais acrescentam valor a um plantel que manteve os principais craques e libertou-se dos excedentários.