Ascensão de Amorim na festa dos minhotos
Achegada de Rúben Amorim ao comando técnico do Sp. Braga teve tanto de polémica como de impactante. Sem o IV nível de treinador, foi alvo de violentas críticas por parte da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, que apelidou a escolha dos minhotos de “triste episódio” e “vergonha”. Mas não foi preciso esperar muito tempo para ver que o presidente dos arsenalistas, António Salvador, tinha acertado em cheio. E, menos de um mês após suceder a Ricardo Sá Pinto, Amorim conduzia o Sp. Braga à vitória na Taça da Liga.
Golo de Ricardo Horta, no quinto minuto dos descontos, permitiu ao Sp. Braga vencer o FC Porto na final e erguer o troféu pela segunda vez
Aos 34 anos, Rúben Amorim tornava-se no quinto treinador a conquistar um troféu para o Sp. Braga e o mais jovem de sempre a consegui-lo. O triunfo na final frente ao FC Porto culminava um arranque fulminante do técnico no Sp. Braga (cinco triunfos seguidos, dos quais duas vezes ante FC Porto e uma frente ao Sporting) e assinala a ascensão meteórica de Amorim, que cerca de um mês mais tarde estaria a treinar o Sporting.
Na final, disputada no Municipal de Braga, valeu o golo apontado por Ricardo Horta. Um remate certeiro já “fora de horas” (no quinto minuto do tempo de compensação), que permitia aos minhotos festejar, pela segunda vez no historial, a conquista da Taça da Liga, depois do êxito de 2012/13, também perante o FC Porto e igualmente por 1-0. José Peseiro era então treinador do conjunto bracarense. Os dragões, de resto, continuam sem qualquer troféu na competição, tendo perdido, frente ao Sp. Braga, a sua quarta final e segunda consecutiva –, com a curiosidade de Sérgio Conceição até ter colocado o lugar à disposição no final da partida disputada na Pedreira...
Para chegar a esta final, o campeão de inverno de 2019/20 afastou o Sporting nas meias-finais, mais uma vez com um golo apontado ao cair do pano. No outro encontro da final four disputada em Braga o FC Porto deixou pelo caminho o V. Guimarães.
Referência ainda para o dececionante desempenho do Benfica nesta edição da Taça da Liga, não passando sequer da fase de grupos, sem qualquer vitória – o conjunto orientado por Bruno Lage averbou três empates em outros tantos encontros.