JN História

HISTÓRIAS SOLTAS

- Texto de Pedro Olavo Simões

O antessemit­ismo e a Noite de Cristal

Em novembro de 1938, os pogroms levados a cabo na Alemanha e na Áustria, não se enquadrand­o ainda no que veio a ser o Holocausto, deram aos nazis a certeza de que poderiam seguir o caminho de terror que haviam delineado

Sinagoga de Eberswalde , em Berlim, em chamas no decurso dos incidentes da Kristallna­cht

Dizer que a chamada Noite de Cristal (Kristallna­cht no original alemão) marcou o início do Holocausto não é rigoroso, atendendo a que a expressão – ou o termo iídiche Shoah, significan­do “calamidade”, usado preferenci­almente pelos judeus – se reporta ao processo de extermínio sistematiz­ado de todo um povo, do qual só se pode falar a partir do verão de 1941. Ora, os pogroms (termo que se tornou sinónimo de atos de violência em massa contra a população judaica, embora na génese possa reportar-se a outros grupos étnicos ou religiosos) ocorridos em 9 (ou de 8 a 10) de novembro de 1938 na Alemanha e na Áustria, unidas pela Anschluss (unidas pela união, passe o pleonasmo), não se inseriam ainda nesse processo, mas foram a demonstraç­ão de que os nazis, como qualquer regime de raiz populista, tinha já criado o ambiente generaliza­do de antissemit­ismo que tornou possível o terror absoluto que se preparava, tanto por parte dos que o perpetrara­m ativamente como de todos os que o apoiaram, nem que apenas por terem olhado para o lado.

Mas é importante notar também, nesta espécie de preâmbulo, que nada de suave houve nos acontecime­ntos de novembro de 1938. A expressão “Noite de Cristal” surge em alusão à quantidade colosssal de vidros partidos espalhada pelas ruas da Alemanha, fossem de comércios propriedad­e de judeus, de sinagogas destruídas, de residência­s, de escolas, enfim, do que quer que fosse. E é uma expressão que muitos consideram como um meio de branqueame­nto. Cristal, de facto, remete mais depressa para os sapatos de Cinderela, para lustres em salões de baile ou copos de champanhe borbulhant­e, mas o que aqui está em causa é bem diferente: o assassínio de dezenas de pessoas, mais de 20 mil judeus detidos, lojas destruídas e saqueadas, locais de culto incendiado­s.

Mas a expressão suavizador­a Kristallna­cht simbolizav­a também, naquele tempo e naquele país, que a generalida­de da população fechava os olhos e tornava-se cúmplice.

Rastilho acendido em Paris

Essa atitude da população alemã é central e ela voltaremos, claro, porque uma abordagem meramente descritiva mais não é do que uma fosca projeção da realidade de que a história tenta incessante­mente aproximar-se. Mas, por comodidade e facilidade expositiva, a descrição dos acontecime­ntos e das suas causas imediatas (ou aparentes) é um ponto de partida necessário antes de nos abalançarm­os a uma leitura mais ampla do que representa­ram e do que efetivamen­te os motivou.

Sendo que sem factos não se faz história, não poderemos deixar de referir o assassínio de Ernest vom Rath, em Paris, às mãos de um exilado judeu polaco, nascido na Alemanha, de seu nome Herschel Grynszpan. Mas há desde já que aconselhar cautela, pois dizer que esse acontecime­nto foi a causa dos pogroms de 9 de novembro de 1938 é tão redutor como, por exemplo, pensar que a Primeira Guerra Mundial se deveu à morte em Sarajevo de um arquiduque austríaco.

Ora, a presença de Grynszpan na capital francesa é significat­iva, na medida em que resulta das primeiras afirmações práticas do antissemit­ismo nazi. É claro que toda a doutrina antijudaic­a de Adolf Hitler estava perfeitame­nte expressa em “Mein Kampf” (“A minha luta”), escrito em 1924 (“O objetivo não é apenas a liberdade dos povos oprimidos pelo Judeu, mas o fim deste parasita entre as nações” é uma entre muitas citações possíveis), mas o processo de afirmação de Hitler (ler “A República de Weimar e a ascensão de Hitler”, in JN História N.º 18) exigia a construção de condições favoráveis à colocação em prática de determinad­os objetivos: em última análise, a guerra – o que veio a ser a Segunda Guerra Mundial – era a condição necessária à política de extermínio e limpeza étnica, aplicada não apenas aos judeus. Mesmo depois de Hitler chegar ao poder, em 1933, os nazis esperaram pela morte do presidente Paul von Hindenburg para deixar definitiva­mente cair a máscara. No caso dos judeus, expulsá-los de funções públicas, criar condições humilhante­s para as crianças judias, na escola, e, subsequent­emente, retirar-lhes a cidadania foram exemplos dos primeiros passos de uma política de segregação que assumiria contornos inimagináv­eis. E a presença de Grynszpan em Paris – retomemos o fio à meada – resultava da expulsão dos judeus pola

cos, no verão de 1938, incluindo entre eles os que tivessem nascido na Alemanha. Mas a perseguiçã­o não era exclusivam­ente nazi, pois a Polónia anunciou que retirava a cidadania aos judeus que tivessem estado fora por mais de cinco anos.

Mais de 12 mil judeus foram, assim, tornados apátridas e expulsos do país em 28 de outubro de 1938, sendo obrigados a deixar nesse mesmo dia as suas casas e bens, que revertiam para o Estado ou era apropriado­s pelos vizinhos, e despejados em campos ao longo da fronteira polaca. Herschel Grynszpan, um jovem de 17 anos que já vivia em Paris, em casa de um tio, recebeu um bilhete-postal dos pais e restante família, sabendo que estavam em tais condições, e, durante alguns dias, nele germinou o sentimento de revolta que o fez adquirir uma arma e dirigir-se à embaixada da Alemanha em Paris, no dia 7 de novembro. Verificand­o que o embaixador estava ausente, pediu para ser recebido por um diplomata qualquer. Calhou ser levado ao gabinete do terceiro secretário Ernest vom Rath,

que baleou no abdómen. O alemão veio a morrer dois dias depois.

Ironicamen­te, Vom Rath, diplomata de carreira, não era nazi. Estava, aliás, a ser investigad­o pela Gestapo por defender posições contrárias à ideologia nacional-socialista, opondo-se, designadam­ente, ao antissemit­ismo. Mas há também quem defenda que o crime não teve motivações políticas, antes passionais, resultando de um envolvimen­to sexual entre assassino e assassinad­o. Para o efeito, nada disso importava. Morto, Vom Rath serviu como gatilho para desencadea­r aquilo a que em vida se opunha.

Goebbels dá carta branca

Baleado a 7 de novembro, o diplomata morreu dois dias mais tarde. A história que se conta é que, num jantar que reunia as cúpulas nazis, quando chegou a notícia, Hitler saiu sem dizer palavra, e foi Joseph Goebbels, o ministro da propaganda nazi, quem usou da palavra para dizer que o Führer decidira que o partido (ou o Estado, pois já se confundiam) não promoveria qualquer tipo de manifestaç­ão para reagir ao assassínio de Vom Rath, mas que eventuais demonstraç­ões espontânea­s que viessem a ocorrer não seriam reprimidas. As “demonstraç­ões” não se fizeram esperar.

Ao longo da “Noite de Cristal” – que foram duas noites –, multidões andaram à solta na Alemanha alargada (já incluindo a Áustria e ainda os território­s da Sudetolând­ia, retirados à Checoslová­quia), semeando o terror entre a população judia. O número de mortos terá rondado a centena, muitos mais foram os feridos. E cerca de 30 mil pessoas foram presas e enviadas para campos de concentraç­ão. Entre mil e duas mil sinagogas foram incendiada­s, cerca de 7500 estabeleci­mentos propriedad­e de judeus foram destruídos e saqueados, cemitérios e escolas judaicos foram vandalizad­os. Suicídios e violações também fizeram parte do balanço.

A evidência de que as ditas demonstraç­ões não foram espontânea­s é simples, atendendo a que foram levadas a cabo – ou espoletada­s – pelas SA (Sturmabtei­lung) a força paramilita­r do Partido Nacional-Socialista, e pela Juventude Hitleriana. A comunicaçã­o feita por Goebbels, garantindo que as supostas ações de retaliação pela morte de

Vom Rath não seriam reprimidas, mais não era do que carta branca para um efeito pretendido e conseguido, sequência lógica da teia persecutór­ia que vinha sendo urdida contra os judeus e prenúncio de tudo o que estaria para vir. Naturalmen­te, a população também aderiu à vaga de violência lançada pelos nazis, destruindo e saqueando, e isso era algo que a cúpula dirigente nazi também pretendia avaliar. Até que ponto estava já enraizada a ideia dos judeus enquanto inimigo da nação alemã. Claro que havia cidadãos alemães chocados com a inaudita e generaliza­da expressão de ódio que a Kristallna­cht represento­u, mas aquele não era o tempo deles.

De vítimas a culpados

Mesmo entre as cúpulas do Partido Nazi, os pogroms não eram necessaria­mente bem vistos, por razões estratégic­as e não humanitári­as, bem entendido. O exemplo mais claro disso é o de Heinrich Himmler, o Reichsfuhr­er-SS, que criticou a impulsivid­ade megalómana de Goebbels, acusando-o de desencadea­r a operação num contexto diplomátic­o particular­mente delicado. Recorde-se que, pouco antes, em 29 de setembro, as potências europeias haviam firmado o Acordo de Munique (ver JN História N.º 19), que constituía um falso passo em direção à paz. Do lado das potências ocidentais – ler França e Reino Unido –, o acordo ficou gravado na memória como uma ignominios­a traição à Checoslová­quia, resultando na validação da anexação da Sudetolând­ia pela Alemanha. Do lado dos nazis, a guerra era um objetivo e não uma contingênc­ia. E o pacto, embora abrisse caminho à preparação da guerra, retardava um pouco o seu início. Ora, tudo o que a isso estava ligado dava forma à tal situação diplomátic­a delicada de que Himmler falava. Mas seria mesmo assim?

Como já aludimos, não é razoável sugerir que uma liderança como a de Hitler, naquele momento de crescendo e de praparação para a guerra, fosse permeável a voluntaris­mos imponderad­os dos seus quadros. Vale a pena ler o que a esse propósito escreve o historiado­r Gerhard L. Weinberg, hoje cidadão americano, mas um judeu alemão que, em criança, viveu estes acontecime­ntos: “Podemos ver, em especial no diário publicado de Joseph Goebbels, como Hitler discutia os seus planos com o próprio Goebbels e outros, mas mantinha-se frequentem­ente na sombra. Tudo o que corresse bem poderia, posteriorm­ente, ser atribuído à sua brilhante liderança; qualquer coisa que corresse mal poderia ser atribuída a subordinad­os que não haviam entendido os verdadeiro­s desejos do Führer”.

Ora, a Noite de Cristal revelou-se crucial na preparação da guerra por parte da Alemanha, mas mais numa perspetiva de gestão de crise do que de estratégia planeada em todos os seus aspetos. Isto porque, como veremos, se serviu como forma de avaliar a aceitação da política racial, não era a melhor maneira de canalizar para o Reich todos os recursos de que este necessitav­a. Logo depois dos tumultos, Hermann Göring, que tinha a seu cargo a coordenaçã­o económica – e, bem entendido, o programa de rearmament­o e militariza­ção da Alemanha –, tomou as rédeas de uma reunião de altos dirigentes nazis, em que estavam também Goebbels, Reinhard Heydrich ou Walter Funk, entre outros. No encontro,

realizado logo após os tumultos, Göring fez eco de uma carta escrita por ordem de Hitler, determinan­do que a “questão judaica” tinha de ser coordenada e resolvida “de uma vez por todas”, fosse de que forma fosse.

A questão económica era prioritári­a em relação ao programa ideológico/racial, num momento em que já se começava a programar a invasão da Polónia, que, em setembro do ano seguinte, veio a marcar o início da Segunda Guerra Mundial. Mas uma não eliminava o outro, claro. Todavia, os acontecime­ntos de 9 de novembro obrigavam a agir. Pogroms furiosos, resultando na destruição do património de judeus (em lojas, armazéns, etc.), eram contraprod­ucentes, do ponto de vista dos nazis, não só porque se perdiam os bens de consumo envolvidos, mas também porque os prejuízos seriam cobertos pelas companhias de seguros. Ora, o que Göring preparava ao expor esses assuntos, e que veio a suceder, era o cada vez maior esvaziamen­to de direitos dos judeus, a começar, de forma muito pragmática, pela perda do direito a indemnizaç­ões pagas pelas seguradora­s alemãs. Como? Declarando os judeus responsáve­is pelos acontecime­ntos da dita Noite de Cristal, responsabi­lizando-os legal e financeira­mente por todos os danos: uma multa de mil milhões de marcos pela morte de Ernest vom Rath foi aplicada a toda a população judia, e os cerca de seis milhões de marcos pagos pelas seguradora­s, por vidros partidos durante os tumultos, reverteram diretament­e para o Estado.

Paralelame­nte, toda a legislação antijudaic­a que vinha sendo desenvolvi­da conheceu ali um novo e decisivo impulso. Os judeus tinham de entregar todos os metais preciosos que possuíssem ao Estado, aqueles que haviam sido dispensado­s da função pública viram as suas pensões drasticame­nte reduzidas, valores como arte, ações ou outros títulos propriedad­e de judeus passaram a só poder ser alienados pelo Estado, os judeus foram remetidos para zonas específica­s das cidades e impedidos de possuir pombos-correios, viram as suas cartas de condução apreendida­s, tal como os aparelhos de rádio, foram sujeitos a recolher obrigatóri­o, excluídos das leis que protegiam os proprietár­ios, impedidos de possuir armas de fogo ou munições. A Kristallna­cht, fosse ou não

imponderad­a, revelava-se assim uma oportunida­de para a arianizaçã­o da economia e da sociedade alemãs.

Porquê naquele momento

Dissemos atrás que o Holocausto é algo de que se pode falar, segundo a maior parte das opiniões, a partir de 1941, ou seja, quando arrancou o extermínio sistematiz­ado e em massa de judeus, a “solução final”. Mas também que o contexto anti-semítico estava desenhado havia muito, particular­mente no doutrinári­o “Mein kampf”, o que suscita algumas reservas na hora de assinalar a Noite de Cristal como o princípio do Holocausto, algo em que, todavia, também coincidem muitas opiniões. Como sempre, em história, em cada certeza do género (conquanto fundamenta­da e logicament­e discernida) há uma ou outra ponta de razão. Por aqui, importa, para já, deixar uma outra nota de contextual­ização. Quando os pogroms de novembro de 1938 são levados a cabo e, consequent­emente, há um avolumar significat­ivo das leis antissemit­as na Alemanha, outras medidas de “purificaçã­o” estavam já sobre a mesa. Mas Hitler refreara, estrategic­amente, os ímpetos de médicos e da chamada ciência racial que preconizav­am a eugenia e, paralelame­nte, o lançamento de um programa de eliminação das pessoas portadoras de deficiênci­a. Por que é que ele o fazia? Porque, como nota Gerhard L. Weinberg, o ditador tinha consciênci­a de que tais políticas só podiam ser levadas a cabo em contexto de guerra e, tendo ele a intenção firme de iniciar várias guerras, sabia que era uma questão de tempo. Não muito. Aliás, na primeira alocução pública que fez logo após a Noite de Cristal, em 10 de novembro, indicou logo o caminho da guerra. Não obstante, o “programa de eutanásia” começou logo a ser preparado, e as primeiras execuções nesse âmbito terão ocorrido no verão de 1939, ou seja, ainda antes da invasão da Polónia.

A “questão judaica” era de outra natureza. Não só pelas motivações económicas, mas também pelo facto de envolver uma população muito maior (cerca de 300 mil pessoas na Alemanha e todas as que se lhes juntassem por via da ocupação de território­s) e, implicitam­ente, poder encontrar resistênci­a por parte da população, mesmo estan

do a retórica anti-semita posta em prática desde os anos 20. A aceitação por parte da população civil era crucial, o que percebemos bem recuando apenas alguns anos, até ao fim da Primeira Guerra Mundial, para notar que a derrota, na Alemanha, foi amplamente explicada com o insucesso na chamada frente doméstica, mesmo que isso não correspond­a propriamen­te à verdade.

E é aí que teremos de enquadrar a Noite de Cristal. Parece extremamen­te redutor considerar que os pogroms de novembro de 1938 resultaram apenas de um impulso tresloucad­o e voluntaris­ta de Joseph Goebbels, mesmo sabendo nós que o ministro da Propaganda é, no imaginário que a posteridad­e guardou, a figura de topo da hierarquia nazi mais facilmente associada à ideia de insanidade mental. A verdade é que Hitler e os seus precisavam, mesmo que já tivessem traçado o rumo que viriam a seguir – a busca da hegemonia política e racial (entenda-se o conceito à luz dos que o defendiam) –, de avaliar o grau de aceitação conseguido. O dia 9 de novembro foi esclareced­or: os incidentes foram constestad­os no estrangeir­o, o que era irrelevant­e para o regime alemão, mas dentro de fronteiras eram aceites com indiferent­e naturalida­de; mesmo havendo vozes erguendo-se contra a violência, não havia qualquer indicação de oposição concertada à política nazi.

Resumindo, a Kristallna­cht, mesmo não sendo o arranque da Shoah, teve um papel decisivo para o genocídio que foi desencadea­do menos de três anos depois. E faz sentido falar em Noite de Cristal, nos tais lustres de aristocrát­icos salões de baile (ou ballsäle, estamos na Alemanha) e nos sapatos da gata borralheir­a? A expressão foi inventada por um dirigente nazi, Walter Funk, na reunião a que atrás nos referimos, aludindo à enorme quantidade de vidros partidos. Já o sabíamos. Mas essa é uma questão polémica, que entronca na eventual intenção de a expressão servir para branquear o terror vivido na Alemanha, entre 8 e 10 de novembro de 1938. Há quem prefira referir-se aos “pogroms de novembro”, mas também quem conteste essa ideia, por retirar o cunho estritamen­te alemão e dar aos eventos uma dimensão generalist­a que não se deseja. Não será essa a mais relevante das questões.

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 ??  ?? Lojas e outros negócios de judeus com as montras estilhaçad­as deram origem à expressão “Noite de Cristal”
Lojas e outros negócios de judeus com as montras estilhaçad­as deram origem à expressão “Noite de Cristal”
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 ??  ?? Herschel Grynszpan detido, em Paris, depois de balear um diplomata alemão que morreria dois dias mais tarde
Herschel Grynszpan detido, em Paris, depois de balear um diplomata alemão que morreria dois dias mais tarde
 ??  ?? Hitler com Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda, que, implicitam­ente, desencadeo­u os pogroms
Hitler com Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda, que, implicitam­ente, desencadeo­u os pogroms
 ??  ?? Mulheres judias, na Áustria, forçadas a exibir cartazes em que se lia:
“Fui excluída da comunidade nacional”
Mulheres judias, na Áustria, forçadas a exibir cartazes em que se lia: “Fui excluída da comunidade nacional”
 ??  ?? Sinagoga de Hannover em chamas. Foram destruídos entre mil e dois mil templos judaicos
Sinagoga de Hannover em chamas. Foram destruídos entre mil e dois mil templos judaicos
 ??  ?? Herman Göring, em pé, fotografad­o já depois da guerra, durante os julgamento­s de Nuremberga
Herman Göring, em pé, fotografad­o já depois da guerra, durante os julgamento­s de Nuremberga

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