JN História

Nota histórica

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Surgem no século X, através do geógrafo árabe Al-Bacr, as primeiras referência­s à existência em Sintra, de um alcácer, que transitou para os bens da coroa com a conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques, em 1147. Na documentaç­ão de D. Dinis, encontramo­s a determinaç­ão de fazer obras nas casas reais, surgindo a referência “mea palatia de oliva”, sendo Chão de Oliva era o centro da vila de Sintra. O palácio, que já havia sido doado por Afonso Henriques aos templários, volta depois para as mãos da entidade que lhes sucedeu em Portugal (a Ordem de Cristo), mas no tempo de D. Afonso IV já está de novo nas mãos da coroa. É no reinado de D. João I, que começou por o doar ao conde de Seia, a quem depois veio a confiscar os bens, que o edifício passa a ser Palácio Real. Nesse período, há uma grande campanha de reconstruç­ão do palácio. Foi ali que o primeiro rei da dinastia de Avis recebeu, em 1415, os embaixador­es que enviara à Sicília, preparando a conquista de Ceuta, e ali redigiu o seu testamento. No palácio veio a nascer D. Afonso V, e também lá se encontrava D. Manuel I, em julho de 1501, recebendo a notícia da descoberta do Brasil, ocorrida mais de um ano antes. D. Manuel ordenou, ao todo, três campanhas de obras, sendo a mais importante a de 1515-19, em que foi feito o teto da sala dos brasões e construída a ala manuelina. O terramoto de

1755 causou danos de monta, por exemplo na sala dos cisnes, refeita “à moda antiga” por ordem do marquês de Pombal, e nos séculos seguintes houve algumas intervençõ­es revivalist­as que, contudo, não desvirtuar­am o edifício.

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