Correção
Entrevista com Silvestre Lacerda
Um problema de paginação, na última edição da JN História, fez com que a entrevista com Silvestre Lacerda, diretor-geral dos Arquivos, do Livro e das Bibliotecas, saísse truncada. Com o devido pedido de desculpa, aos leitores e ao entrevistado, reproduzimos aqui o trecho em falta:
Eu ia perguntar-lhe se tinha sido jogador...
Não, nunca joguei. É uma história engraçada, que fez com que o Arnaldo Saraiva me viesse falar para fazer isso. No tempo da faculdade, fiz, para o Prof. Eugénio dos Santos, um trabalho sobre o jogo e a tabulagem. Como achava que andava ligeiramente ao lado dos cânones, fui procurar as visitações, fui procurar as constituições sinodais e ver de que forma é que a tavolagem [nota: o mesmo que tabulagem; o entrevistado usou as duas formas] e o jogo era ou não permitido e era, sobretudo, condenado. Depois, fui trabalhando um pouco olhando para isto. O Eugénio dos Santos gostou do trabalho, um pouco pela forma, de baixo para cima, como lhe fui pegando, e o Arnaldo Saraiva – eles são bastante amigos – disse-lhe que andava à procura de alguém para fazer um trabalho sobre a modalidade, porque ele era o comissário do campeonato do mundo. O Eugénio dos Santos falou no trabalho do jogo e disse-lhe para vir falar comigo, e ele veio. Na altura, eu estava a dar aulas, mas interessei-me pelas coisas do hóquei e conheci as vedetas dessa altura. Fiz entrevistas com o Livramento e outros, e, sobretudo, com um homem fantástico, o Velasco. Tenho pena de não ter tirado partido dessas coisas no livro. Refugiei-me um pouco, se calhar academicamente, nos aspetos mais formais. Mas ainda tenho um conjunto significativo de apontamentos. Pode ser que um dia, depois de me reformar...
Sabe patinar?
Sim, sei, isso ainda sei... [final de conversa com uma risada, a condizer com o início]