JN História

Nota histórica

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A invulgar aparência do castelo de Penedono, torre poligonal rodeada por uma barbacã baixa e implantada em terreno pedregoso no ponto mais alto da vila, deve-se a um esforço de adaptação à irregulari­dade do local escolhido. Quando e como, nem sempre é muito claro. Há referência­s anteriores à nacionalid­ade a um castelo que ali estaria, e em 1195 D. Sancho I deu foral a “Pena de Domus”, de onde decorre o atual topónimo, que faz todo o sentido ali, associando pena (rochedo) a domus (casa). Esse foral foi confirmado por D. Afonso II. Já no século XIV, D. Fernando incluiu Penedono no termo de Trancoso, havendo súplicas ao rei dos homens-bons locais, tentando impedir a demolição do castelo pelos de Trancoso. É ainda no reinado de D. Fernando que o nome Coutinho surge associado a Penedono, primeiro na pessoa de D. Vasco Fernandes Coutinho, a quem D. Fernando teria doado o castelo e que terá reedificad­o sobre estruturas preexisten­tes. Já entre o último quartel do século XV e o primeiro do século XVI, D. Francisco Coutinho, conde de Marialva, leva a cabo nova campanha construtiv­a, transforma­ndo o pequeno castelo em residência. Por essa altura, Penedono recebia, também, o seu foral manuelino (1512), sendo que o tributo da povoação era pago à coroa através do alcaide, ou seja, o chefe militar do castelo. Muito do que hoje é visível resulta das intervençõ­es da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, na década de 1940. Aliás, em 1940 o castelo foi inserido numa homenagem de propaganda do Estado Novo, assinaland­o o terceiro centenário da Restauraçã­o.

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